Café: mercado oscila em NY sem definição sobre as perdas no Brasil.
O mercado do café arábica em Nova Iorque continua volátil, com informações truncadas sobre a produção de café no Brasil e a oferta mundial para as próximas safras. Entre produtores, cooperativas e até pesquisadores da área, o consenso é de uma quebra significativa na safra brasileira que será colhida a partir de maio. No entanto, institutos e entidades ligadas direta ou indiretamente ao setor, não dão a mesma dimensão ao problema. Além do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que reduziu pouco mais de 1% a produção brasileira, projetando uma safra de 48 milhões de sacas no país, a Organização Internacional do Café (OIC) apontou para uma produção global no período 2013/14 em 145,8 milhões de sacas, ligeiro aumento de 0,5% sobre a temporada anterior . A entidade não alterou sua previsão, apesar da seca e do calor que afetaram a produção brasileira.
As informações desencontradas confundem os participantes do mercado. Tanto que na última terça-feira (18) as cotações em Nova Iorque chegaram a registrar altas significativas ao longo do pregão, mas encerraram apenas com leves ganhos. Os contratos para entrega em maio, por exemplo, fecharam em 191,55 centavos de dólar por libra-peso e alta de apenas 15 pontos. A máxima do dia para este contrato foi de 196,55 cents.
Nesta quarta-feira(19) , os negócios voltaram a esfriar com os preços iniciando o dia em queda em Nova Iorque. Por volta das 11h15 (Brasíliar) o vencimento maio/14 trabalhava a 190,70 centavos de dólar por libra peso com queda de 85 pontos. O contrato para Julho/14 operava em 192,55 centavos de dólar por libra peso com recuo de 85 pontos e o setembro/14 registrava queda de 90 pontos a 194,20 centavos de dólar por libra peso.
Segundo Fernando Barbosa, presidente do Conselho Regional de Café da região de Guaxupé-MG não é possível saber se as cotações irão recuperar o patamar dos US$ 2,00 esta semana, mas os fundamentos do mercado continuam altistas, já que a previsão é que a safra brasileira registre perdas severas. “Nós teremos muito café bóia, isso já está sendo constatado e será comprovado durante a colheita”.
Barbosa afirma ainda que cafeicultores e agrônomos preveem uma safra de café arábica de 27 milhões de sacas, no Brasil.
Previsões de perda
De acordo com as últimas pesquisas divulgadas pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), os cafezais do estado apresentam problemas com até 45% dos grãos chochos em algumas propriedades no Sul de Minas. O estudo da Epamig apontou que, em Machado, o percentual de perda chegou a 25%, em São Sebastião do Paraíso, 20% e em Lavras, 12%.
No final deste mês de março, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) irá divulgar sua previsão para a safra 2013/14 e, segundo Fernando Barbosa, o mercado aguarda este número para se posicionar.
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