Café: mercado em NY recua depois de iniciar a sessão em alta
Os negócios com o café arábica na Bolsa de Nova York (ICE) iniciaram o pregão desta terça-feira (25) registrando ganhos próximos de 300 pontos. Os contratos com vencimento em maio/2014 chegaram a valer 177,30 centavos de dólar por libra-peso no melhor momento das negociações, mas mudaram de lado com um movimento de correção dos preços, o que confirma a tendência de mercado volátil que deve seguir até o início da colheita no mês de maio. Segundo o consultor de mercado da Safras & Mercado, Gil Barabach, " a alta de mais de 500 pontos registrada no pregão desta segunda-feira(24) ainda não significa uma reversão de tendência. O mercado deve continuar volátil até que os operadores consigam quantificar efetivamente as perdas provocadas pelo clima nas lavouras brasileiras.
Por volta das 10h45 (Brasília) maio /2014 era negociado a 174,65 centavos de dólar por libra peso com queda de 175 pontos. Julho/2014 operava a 176,55 centavos de dólar por libra-peso, também com queda de 175 pontos e o vencimento setembro/2014 trabalhava com queda de 165 pontos cotado a 178,35 centavos de dólar por libra-peso.
Na sessão de ontem, o mercado fechou com alta superior a 3%, à medida que chegavam notícias de que as chuvas no Brasil durante o final de semana não teriam sido suficientes para estancar as perdas nas lavouras de café.
O vencimento maio encerrou cotado em 176,40 centavos de dólar por libra-peso, enquanto julho fechou em 178,30 cents, ambos com 525 pontos de alta. Os contratos para entrega em dezembro fecharam em 181,95 cents / libra-peso e alta de 590 pontos.
Para o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, a alta já era esperada, pois o mercado precisava se recuperar das consecutivas baixas vistas na semana passada. “As cotações vinham caindo, pois tivemos um forte movimento de realização de lucros. Agora esta queda estancou”.
Situação crítica nas lavouras
Notícias internacionais apontam que as altas de hoje se devem ao fato de que o volume chuvas não tão grande quanto o esperado, porém, Carvalhaes explica que é difícil afirmar que há uma relação direta da alta de hoje com as chuvas esperadas para a semana. “Pode ter o volume de chuva que for, o estrago já está feito”.
Fernando Barbosa, presidente do Conselho Regional de Café da região de Guaxupé-MG, conta que, no campo, os cafeicultores continuam preocupados com as perdas, que devem ser intensificadas pelas doenças que se espalham pelos cafezais. “A cercóspora está tomando conta das lavouras e os grãos de café estão caindo no chão”.
Barbosa também afirma que o volume de grãos deverá ser menor. “Este ano a colheita vai ser complicada, porque e regiões de Cerrado os grãos estão miúdos e em nossa região também. Em anos anteriores, usávamos 7,5 medidas para fazer uma saca de 60 kg, hoje estamos gastando 12 medidas por saca”.
No mercado físico, o café tipo 6, bebida dura, também registrou leves altas na maioria das praças. Em Guaxupé-MG, a saca de 60 kg é comercializada a R$ 419,00, com alta de 1,45%. Já em Poços de Caldas-MG, a alta foi de 2,56% e a saca é comercializada a R$ 400,00.
0 comentário

Café: em dia de grande ajuste, preços do arábica perdem força nos futuros mais próximos no fechamento desta 6ª feira (14)

Café em Prosa #201 - A modernização das lavouras de café amplia a produtividade e a qualidade do cultivo

Preços do café seguem com baixas moderadas nas bolsas internacionais no início da tarde desta 6ª feira (14)

CNC realiza Assembleia Geral Ordinária nesta sexta-feira em São Paulo

Café: bolsa de NY inicia 6ª feira (14) com ajustes técnicos e realização, mas mantém patamar dos US$ 4,30/lp

Com novos recordes em NY, preços do café no mercado físico alcança patamar dos R$ 3 mil/sc