Café: Após melhor preço em seis semanas, mercado tem correção em NY

Publicado em 09/04/2014 10:31 e atualizado em 09/04/2014 11:02

Depois de consecutivas sessões de alta na Bolsa de Nova York, o mercado do café arábica trabalha em campo negativo nesta quarta-feira (9). As cotações das posições mais negociadas, por volta das 10h  (horário de Brasília), perdiam mais de 400, em um movimento de realização de lucros, segundo analistas. 

Nesta terça-feira (8), os futuros do arábica  registraram o maior rally de preços em seis semanas frente às perdas causadas pela seca no Brasil, maior produtor e exportador mundial da commodity. Em quatro sessões, as cotações subiram 14% e, no pregão de ontem, registraram o melhor patamar desde 24 de fevereiro.  

Importantes regiões produtoras do Brasil deverão receber chuvas limitadas até meados de abril, depois da pior estiagem em muitos anos ter atingido severamente as plantações entre janeiro e fevereiro, segundo informações do instituto meteorológico norte-americano World Weather. 

Além das perdas na safra brasileira, o mercado se depara com a possibilidade de uma produção menor também na América Central, onde os cafezais têm sido atingidos pela ferrugem do café, doença fúngica que tem comprometido a produção nos últimos dois anos. 

No entanto, o tamanho dessas perdas no Brasil ainda não está definido e, isso vem aumentando a volatilidade dos negócios no mercado internacional. "O problema é que ninguém sabe ainda, ao certo, a extensão das perdas. E isso não será resolvido até que a colheita esteja concluída em setembro", disse o analista sênio da empresa alemã F.O.Licht, Stefan Uhlenbrock. "Se um cenário ainda pior se materializar, nós podemos ter um severo déficit global na temporada 2014/15 e isso poderia levar os preços do café ao patamar dos US$ 3/libra-peso". 

Só neste ano, as cotações do arábica subiram 78% por conta da seca no Brasil. Agora, as expectativas para a possibilidade de um El Niño cria a preocupação de que uma mudança no padrão climático poderia trazer muitas chuvas e prejudicar a produçao na próxima temporada. 

Com informações da agência internacional Bloomberg. 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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