Café: Incremento nas exportações faz mercado permanecer em baixa
Nesta terça-feira (9), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou suas operações com mais um dia de queda motivado essencialmente pelos dados de exportações divulgados pelo Cecafé, conforme noticiou o NA nesta segunda-feira. As cotações recuperaram os ganhos da sessão anterior, quando os contratos registraram quedas acima dos 300 pontos. O vencimento dezembro/14 encerrou a sessão com 192,60 centavos de dólar por libra peso, negativo em 185 pontos, o março/15 anotou 196,60 cents/lb, com queda de 190 pontos. O maio/15 anotou 198,90 cents/lb com 185 pontos de baixa e o julho/15 finalizou com queda de 195 pontos, com 200,35 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, o fechamento negativo deve-se à divulgação do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), mas também aos boatos sobre a safra brasileira e chuva. “Os operadores em Nova York estão confusos com os dados divergentes divulgados nos últimos dias, como por exemplo, a estimativa da Volcafe que derrubou a bolsa”, diz o analista. Ainda de acordo com Carvalhaes, as especulações para a safra do ano que vem também são grandes.
Segundo o Cecafé, as exportações no mês de agosto foram 13,4% a mais que no mesmo período do ano passado. O país atingiu um total de 3,016 milhões de sacas de 60 quilos de café e embarques de 2,660 milhões de sacas com receita de US$ 565,788 milhões. Somando a receita cambial dos meses de julho e agosto o montante foi 50% maior que no ciclo anterior e somou US$ 1,131 bilhão. A maior parte das exportações no período são de café conillon, que teve incremento de 140%, passando de 330.452 sacas em julho e agosto de 2013 para 794.610.
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Na próxima terça-feira (16), está prevista a divulgação do 3º levantamento da safra de café pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), que realiza visitas aos cafeicultores e tem dados mais precisos sobre a safra. No entanto, segundo Carvalhaes, a divulgação não deve exercer grande impacto em Nova York visto que os investidores se baseiam em estimativas de exportadores e traders.
Clima
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, não há chance de chuvas generalizadas nem representativas até outubro no cinturão produtivo do Sudeste do Brasil e isso vai, com certeza, tirar ainda mais saúde das lavouras mineiras de uma forma em geral, afirma.
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