Café: Bolsa de NY fecha no negativo nesta 6ª feira; semana foi calma para os negócios no mercado interno

Publicado em 05/12/2014 16:56 e atualizado em 05/12/2014 17:28

A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou esta sexta-feira (5) com queda. O vencimento dezembro/14 registrou 179,10 cents de dólar por libra peso com recuo de 245 pontos, o março/15 anotou 180,10 cents/lb, o maio/15 teve 182,65 cents/lb e o julho/15 encerrou a sessão cotado a 185,00 cents/lb, ambos com baixa de 235 pontos.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento negativo no mercado externo reflete a previsão de chuva no cinturão produtivo neste final de semana. No entanto, os cafeicultores no Brasil sabem que apesar das chuvas a produção no próximo ano fatalmente terá perdas.

“Há previsão de chuva neste final de semana nas regiões produtoras, principalmente, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e talvez um pouco no Espírito Santo”, afirma Magalhães.

Ainda de acordo com o analista, outro fator que pressionou os preços para baixo nesta sexta-feira mais uma vez foi a aceleração cambial. O dólar fechou com valorização de 0,14% cotado a 2,5933 reais na venda, após informações sobre a taxa de emprego nos Estados Unidos em novembro que foi maior que o esperado.

De acordo com o Boletim semanal divulgado pelo Escritório Carvalhaes nesta sexta-feira (5), a semana foi calma e desinteressada para os negócios de café. A bolsa norte-americana, sem notícias ou boatos novos, oscilou menos, acompanhando o movimento de fundos e a variação do dólar frente ao real.

» Café: Bolsa de NY oscilou pouco, operadores aguardam dados sobre a próxima safra brasileira

Mercado interno

No mercado interno não é diferente, o ritmo de negócios é lento e os preços estão estabilizados — ritmo típico de final de ano.

“Nada literalmente se faz e o setor produtivo deixa claros sinais de que esta postura conservadora assumida pelo setor nas praças de comercialização deverá ficar notória até pelo menos início de 2015. Até lá, a sensação que tenho é que teremos pela frente, independente de dólar ou bolsa, semanas morosas, preços sustentados e ansiedade no limite”, explica o analista de mercado da Maros Corretora.

O tipo cereja descascado teve maior variação na cidade Poços de Caldas-MG, onde a saca está cotada a R$ 525,00 e teve alta de 2,34%. A cidade com maior valor de negociação foi Franca-SP com saca valendo R$ 560,00, mesmo valor do dia anterior. (Veja abaixo a análise semanal do tipo nas principais praças de comercialização)

Análise semanal café Cereja Descascado

 

01/dez

05/dez

Guaxupé/MG

 R$  565,00

 R$  555,00

Poços de Caldas/MG

 R$  522,00

 R$  525,00

Patrocínio/MG

 

 

Esp. Sto. do Pinhal/SP

 R$  510,00

 R$  500,00

Franca/SP

 R$  580,00

 R$  560,00

Varginha/MG

 R$  520,00

 R$  520,00

 

 

 

Análise semanal café Cereja Descascado

 

 

 

%

 

Guaxupé/MG

-1,77

 

Poços de Caldas/MG

0,57

 

Patrocínio/MG

 

 

Esp. Sto. do Pinhal/SP

-1,96

 

Franca/SP

-3,45

 

Varginha/MG

0,00

 

 

O tipo 4/5 de café arábica também anotou maior valor na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 545,00 e baixa de 0,91%. O município também foi a localidade que apresentou maior variação no dia. (Veja abaixo a análise semanal do tipo nas principais praças de comercialização)

Análise semanal café tipo 4

 

01/dez

05/dez

Guaxupé/MG

 R$  555,00

 R$  545,00

Poços de Caldas/MG

 R$  485,00

 R$  475,00

Franca/SP

 R$  500,00

 R$  480,00

Varginha/MG

 R$  495,00

 R$  495,00

 

 

 

Análise semanal café tipo 4

 

 

 

%

 

Guaxupé/MG

-1,80

 

Poços de Caldas/MG

-2,06

 

Franca/SP

-4,00

 

Varginha/MG

0,00

 

 

O tipo 6 duro anotou maior valor em Guaxupé-MG mesmo com baixa de 1,01%, na praça a saca está cotada a R$ 492,00. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Espírito Santo do Pinhal-SP com queda de 2,22% e R$ 440,00 a saca. (Veja abaixo a análise semanal do tipo nas principais praças de comercialização)

Análise semanal café tipo 6

 

 

 

01/dez

05/dez

Guaxupé/MG

 R$  502,00

 R$  492,00

Poços de Caldas/MG

 R$  476,00

 R$  465,00

Patrocínio/MG

 R$  490,00

 R$  470,00

Esp. Sto. do Pinhal/SP

 R$  480,00

 R$  440,00

Marília/SP

 R$  460,00

 R$  450,00

Franca/SP

 R$  490,00

 R$  470,00

Maringá/PR

 R$  410,00

 R$  405,00

Araguarí/MG

 R$  480,00

 R$  480,00

Sind. Luis Eduardo Magalhães/BA

 R$  478,00

 R$  470,00

Varginha/MG

 R$  490,00

 R$  490,00

 

 

 

Análise semanal café tipo 6

 

 

 

%

 

Guaxupé/MG

-1,99

 

Poços de Caldas/MG

-2,31

 

Patrocínio/MG

-4,08

 

Esp. Sto. do Pinhal/SP

-8,33

 

Marília/SP

-2,17

 

Franca/SP

-4,08

 

Maringá/PR

-1,22

 

Araguarí/MG

0,00

 

Sind. Luis Eduardo Magalhães/BA

-1,67

 

Varginha/MG

0,00

 

 

Na quinta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 1,54% e está cotado a R$ 459,55 a saca de 60 kg.

» Clique e veja as cotações do mercado interno nesta sexta-feira (5).

Tipo 4/5 da BM&F fecha em queda

As cotações do café arábica tipo 4/5 encerraram a sessão desta sexta-feira em baixa na BM&F Bovespa. O vencimento dezembro/14 encerrou o dia com US$ 218,00 a saca de 60 kg e queda de 2,24%, o março/15 anotou US$ 219,80 com recuo de 0,90% e o vencimento setembro/15 fechou com desvalorização de 0,43% cotado a US$ 229,00. Para o tipo 6/7 foi mais um dia sem negócios.

Liffe também registra baixa em Londres

As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam no negativo. O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 2037,00 por tonelada com desvalorização de US$ 11, o março/15 teve US$ 2053,00 por tonelada e queda de US$ 7 e o maio/15 anotou US$ 2059,00 por tonelada com recuo de US$ 14.

» Clique e veja as cotações completas de café.

 

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • marcos vinicius de souza Manhuaçu - MG

    Estou ficando cansado do circulo vicioso,no qual vive a cafeicultura.Aqui em manhuaçu o milheiro de mudas já chega a 600,00 reais,caminhões lotados delas,para cima e para baixo,ou seja,o café,nem cobre seus custos e mais cafés,sendo plantados,bom para os apanhadores,industrias de defensivos e fertilizantes,pois com 2 ou 3 anos de chuvas regulares,veremos preços lá embaixo novamente,acho que a maioria de nós produtores,não entendeu,que os preços atuais do café,são causados pela seca,e não por falta de cafeeiros,coloquemos nossa barba de molho,não criemos muita expectativa,pois desde os 15 anos,ajudo nas decisões,aqui da propriede,e hoje com 36 tive mais decepções,que alegrias,ou seja em 20 anos,vi 3,4 anos de preços bons,o resto todos já sabem.

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