CNC contrata Fundação Procafé para realizar levantamento da safra 2015

Publicado em 19/12/2014 14:26

SAFRA 2015 — Mantendo a postura de não dar credibilidade a especulações infundadas em relação ao tamanho de nossas colheitas cafeeiras, bem como a de ter atitude coerente a de um representante setorial, o Conselho Nacional do Café comunica que contratou, junto à conceituada Fundação Procafé, um levantamento sobre a safra brasileira 2015, o qual entendemos que contribuirá para os trabalhos que serão realizados também pelo Governo Federal.

Neste mês de dezembro, a instituição de pesquisa está realizando a seleção de técnicos que, a partir de janeiro, irão a campo analisar a real situação das lavouras cafeeiras e observar qual foi o pegamento das floradas, a quantidade de chumbinhos e, principalmente, o montante que vingou frutos e qual o seu desenvolvimento. O estudo está previsto para ser concluído em fevereiro.

Como frisamos em nossos boletins anteriores, uma melhor apuração do impacto climático na safra 2015 poderia ser observado somente a partir de janeiro, exatamente o período em que os profissionais de pesquisa realizarão os trabalhos de campo e em uma fase na qual a frutificação resultante das florações já estará bem definida.

A Procafé realizará o levantamento nas principais áreas do cinturão produtor do Brasil, envolvendo os Estados de Minas Gerais (regiões Sul, Oeste, Triângulo, Alto Paranaíba, Noroeste, Zona da Mata, Jequitinhonha e Norte), Espírito Santo (áreas de arábica e conilon), Bahia (áreas de arábica e conilon), São Paulo (região Mogiana e demais) e Paraná (dados serão obtidos juntos ao Departamento de Economia Rural do Estado).

O CNC informa que o objetivo desse estudo é se chegar o mais próximo à realidade da produção nacional para, aliado às informações sobre estoques, consumo e projeções de exportações, a cadeia do agronegócio café elaborar políticas estratégicas e estruturantes ao setor, possibilitando que todos os elos tenham rentabilidade e sustentabilidade, de maneira que não se puna o consumidor, com preços altos, tampouco o cafeicultor, com preços aviltados e abaixo dos custos de produção.

MERCADO — O mercado do café arábica apresentou grande volatilidade nesta semana, sendo influenciado pelo comportamento do câmbio e pelas especulações a respeito do volume que o Brasil colherá na próxima temporada.

A continuidade das chuvas sobre as regiões produtoras brasileiras tem estimulado uma multiplicidade de estimativas precoces sobre a safra 2015/16, que impulsionam a volatilidade dos preços. Além disso, a piora do cenário macroeconômico internacional resultou em pressão sobre as cotações do café no início desta semana.

A crise na economia da Rússia contaminou os mercados, elevando a percepção de risco dos investidores que buscaram refúgio nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A queda dos preços do petróleo, que demonstra fraqueza da economia global, as eleições na Grécia e as expectativas de aumento da taxa de juros norte-americana, apesar da sinalização contrária de sua autoridade monetária, também geram nervosismo. Com isso, o dólar voltou a fortalecer-se ante as principais moedas dos países exportadores de commodities, principalmente até a quarta-feira.

Na terça, o dólar comercial foi cotado a R$ 2,7355 no Brasil. Já, ontem, com a redução da apreensão dos investidores quanto ao cenário externo, a divisa norte-americana encerrou o pregão a R$ 2,6550, acumulando alta de 0,2% desde o final da semana passada. A desvalorização do real contribui para a depreciação das cotações internacionais do café, pois gera perspectiva de aumento dos volumes exportados.

Na ICE Futures US, os fundos de investimento continuam liquidando suas posições compradas no mercado futuro de café arábica. De acordo com o relatório semanal da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), o saldo líquido comprado desses fundos caiu para 23.707 lotes no dia 9 de dezembro, ante os 31.217 lotes da semana anterior.

Diante dessa conjuntura, o vencimento março do Contrato C, negociado na bolsa de Nova York, variou significativamente. Na quarta-feira, foi cotado a US$ 1,7185, valor mais baixo dos últimos cinco meses. Porém, ontem, apresentou recuperação, encerrando a sessão, a US$ 1,7435 por libra-peso, praticamente no mesmo patamar do final da semana antecedente.

Já na ICE Futures Europe, o vencimento março/2015 dos futuros do café robusta encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1.942 por tonelada, com perdas de US$ 32 desde o encerramento dos negócios na semana antecedente.

Quanto ao mercado físico brasileiro, as constantes oscilações de preços continuam limitando o volume de negócios. Ontem, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 458,60/saca e a R$ 276,59/saca, respectivamente, com variação de 1,3% e 0,9% no acumulado da semana.

RECESSO DE FIM DE ANO — O Conselho Nacional do Café comunica, ainda, que este será o último boletim semanal a ser distribuído em 2014. A sede do CNC, em Brasília (DF), permanecerá ativa nesse período de final de ano, porém nossas assessorias técnica e de comunicação estarão em recesso entre 23 de dezembro e 5 de janeiro de 2015, dia em que retomam as atividades normalmente.

Aproveitamos o ensejo para agradecer aos conselheiros diretores e associados por possibilitarem que desenvolvêssemos um trabalho consistente, coeso, profissional e pró-ativo a favor da cafeicultura brasileira, nossas cooperativas e parceiros, como os deputados e senadores do Congresso Nacional, os sindicatos de produtores e, com merecido destaque, a Comissão Nacional do Café da CNA e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com as quais consolidamos ainda mais nossos laços e pudemos conquistar resultados significativos para o café, que apresentaremos no Relatório Anual de Gestão, em janeiro de 2015.

Ao Governo Federal, agradecemos pela acolhida, pelas audiências e, principalmente, pelos debates, sem os quais não conseguiríamos encontrar caminhos possíveis para a atividade cafeeira. Por fim, deixamos um agradecimento especial a nossos amigos da imprensa, com os quais mantivemos um relacionamento excelente e através dos quais pudemos levar nossos posicionamentos a todos os cantos do Brasil, contribuindo para uma melhor informação dos produtores, razão de nosso existir.

Muito obrigado a todos pelo companheirismo e pelo profissionalismo com os quais nossa lida foi realizada em 2014. Aguardamos que, em 2015, todo esse conceito positivo aumente entre nós e que possamos ter, de fato, um ano vindouro promissor em nossas vidas.

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CNC

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