Café: Cotações do arábica operam praticamente estáveis nesta manhã de 4ª feira em Nova York

Publicado em 03/08/2016 09:14

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciam o pregão desta quarta-feira (3) próximos da estabilidade após perderem cerca de 200 pontos na sessão anterior. Apesar de repercutir as variáveis técnicas, o financeiro e as incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil na próxima temporada, o mercado parece ter encontrado sustentação no patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

Às 08h52, o vencimento setembro/16 anotava 141,20 cents/lb com 5 pontos de queda, o dezembro/16 registrava 144,60 cents/lb – estável. Já o contrato março/17 estava cotado a 147,50 cents/lb com 10 pontos de recuo, enquanto o maio/17 registrava 149,20 cents/lb com 15 pontos negativos.

Na sessão anterior, as cotações do arábica na ICE trabalharam dos dois lados da tabela, mas acabaram fechando em baixa seguindo outros mercados. "O suporte de 140,00 cents/lb na posição setembro/16 foi mantido, o que deixou a sensação no ar entre os operadores de que recompras poderão ser vistas no curtíssimo prazo", afirmou ontem (2) o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

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Veja como fechou o mercado na terça-feira:

Café: Seguindo outros mercados, Bolsa de Nova York vira no fim do dia e recua mais de 200 pts nesta 3ª

Após registrarem leves altas durante o dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (2) com queda de 200 pontos e estenderam as perdas de cerca de 300 pontos da véspera. Com essa nova queda, os vencimentos mais próximos da variedade se distanciam ainda mais do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.

O contrato setembro/16 fechou o dia cotado a 141,25 cents/lb com queda de 220 pontos, o dezembro/16 teve 144,60 cents/lb com baixa de 215 pontos. O vencimento março/17 registrou 147,60 cents/lb, enquanto o maio/17, mais distante, anotou 149,35 cents/lb com 205 pontos de recuo.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia nos mercados globais foi marcado pelos investidores ajustando suas apostas em aberto diante da insegurança no crescimento global e as incertezas sobre os juros dos Estados Unidos. No café, o cenário não foi diferente. "O suporte de 140,00 cents/lb na posição setembro/16 foi mantido, o que deixou a sensação no ar entre os operadores de que recompras poderão ser vistas no curtíssimo prazo", afirma Magalhães.

O mercado do arábica iniciou a sessão de hoje do lado azul da tabela e chegou a recuperar parte das perdas registradas na véspera com suporte do câmbio e das incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil na safra 2017/18. "O café arábica subiu inicialmente com ajustes técnicos, mas a expectativa de ampla oferta no Brasil e a pressão de outros mercados de commodities maiores empurraram os preços para baixo, devolvendo os ganhos do rally de sexta-feira, disseram operadores à agência de notícias Reuters.

O dólar comercial chegou a esboçar alta de quase 1% durante a manhã e também dava suporte aos preços externos da variedade hoje. No entanto, acabou fechando o dia praticamente estável. Com o recuo nos preços do petróleo, o dólar comercial recuou 0,18%, cotado a R$ 3,2661 na venda. As oscilações da moeda estrangeira tendem a impactar as exportações da commodity.

Em todo o mês de julho (21 dias úteis), as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,73 milhões de sacas, com receita de US$ 271,4 milhões. O número representa uma queda de 30,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1º) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Os ajustes técnicos prevaleceram na sessão desta terça-feira. No entanto, segundo agências internacionais, os investidores continuam atentos ao Brasil. O clima tem contribuído para o avanço da colheita da safra 2016/17, por outro lado também há incertezas em relação ao potencial produtivo da safra 2017/18 do país.

Segundo a Safras & Mercado, a colheita brasileira de café estava em 70% até dia 26 de julho. Tomando como base a estimativa da Companhia de 54,9 milhões de sacas de 60 kg para o Brasil nesta safra, é apontado que já foram colhidas 38,27 milhões de sacas.

A semana começa no cinturão produtivo com tempo seco e temperaturas em elevação na maior parte das áreas. No Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, podem ocorreram chuvas fracas e dispersas. As informações são da Somar Meteorologia.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos os negócios com café. "O setor produtivo vem, dia a dia,  aumentando a liquidez do mercado, mas apesar desta postura vendedora, os níveis de preços praticados vêm se mantendo sustentados em reais", afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 560,00 a saca – estável . A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 1,95% e R$ 554,00 a saca.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 562,00 a saca e alta de 0,36%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 2,58% e saca a R$ R$ 491,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 515,00 a saca e desvalorização de 0,93%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,00% e saca cotada a R$ 510,00.

Na segunda-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 489,81 com queda de 0,89%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) para o café robusta, antiga Liffe, fechou o dia com leve alta. O contrato setembro/16 anotou US$ 1828,00 por tonelada e alta de US$ 10, o novembro/16 teve US$ 1853,00 por tonelada com avanço de US$ 10 e o novembro/16 anotou US$ 1868,00 por tonelada com valorização de US$ 8.

Na segunda-feira (1°), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 419,95 com queda de 0,21%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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