CNC: Secretário Neri Geller assume compromisso com a cafeicultura em evento no Cerrado Mineiro

Publicado em 07/10/2016 11:22

BALANÇO SEMANAL — 03 a 07/10/2016

SEMINÁRIO DO CAFÉ DO CERRADO — O presidente executivo do Conselho Nacional do Café, deputado federal Silas Brasileiro, acompanhou, na quarta-feira, 5 de outubro,  o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, na abertura do 24º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro, realizado pela Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa) e pela Expocaccer Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, ambas associadas ao CNC.

Na oportunidade, o secretário Neri Geller assumiu o compromisso público de ser um representante da cafeicultura dentro do Mapa, enalteceu os trabalhos e o suporte recebido do Conselho Nacional do Café e também abordou temas relacionados às questões trabalhistas e aos direitos do trabalhador do campo.

Silas Brasileiro destacou, na sequência, as conquistas já obtidas sob a atual gestão do Ministério, como a recriação de um departamento para o café, a aprovação de novas moléculas para controle de pragas, a aplicação dos recursos do Funcafé em volume recorde, o investimento em projetos de pesquisa cafeeira e o cumprimento das obrigações financeiras do Brasil junto à Organização Internacional do Café (OIC), as quais foram possíveis graças ao empenho do secretário Neri Geller, a quem externamos nossos agradecimentos pelos feitos.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL — Na terça-feira, 4 de outubro, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/2007, que trata do Simples Nacional. O teor da matéria traz avanços, como a elevação de R$ 60 mil para R$ 81 mil do teto para enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI), o que implica uma receita bruta total de R$ 6.750 por mês, acima dos R$ 5 mil mensais anteriores.

Uma das novidades aprovadas pelos parlamentares foi a permissão para que o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural possa solicitar enquadramento como MEI, desde que respeite os limites do teto e trabalhe sozinho ou possua, no máximo, um empregado recebendo o piso da categoria.

Por outro lado, o site da Câmara dos Deputados evidencia que "a regra não se aplica ao trabalhador rural, para quem a atual lei prevê o pagamento de todos os direitos trabalhistas e previdenciários se presentes os elementos característicos da relação de emprego".

Também de acordo com a matéria aprovada, os conselhos profissionais não poderão exercer poder de fiscalização se a atividade do microempreendedor não exigir registro da pessoa física, assim como não poderá ser exigida nova inscrição na qualidade de empresário individual caso o MEI esteja inscrito como pessoa física no conselho profissional. Para aprovação, a matéria depende agora da sanção do Presidente da República, Michel Temer.

MERCADO — Os contratos futuros do café tiveram desempenho negativo ao longo da semana nos mercados internacionais, pressionados pela previsão de chuvas no cinturão produtor brasileiro e pelo câmbio.

De segunda-feira até ontem, o dólar comercial subiu 0,52% ante o real, cotado a R$ 3,2225, sendo impulsionado por indicadores positivos sobre a economia dos EUA. A atividade no setor de serviços norte-americano subiu para o maior índice desde outubro de 2015, puxada por um número de encomendas maior que o aguardado. É válido recordar que, atualmente, o mercado futuro do café está à mercê do câmbio devido à comercialização da safra brasileira que acabou de ser colhida.

No que tange ao clima, que está no foco das atenções no Brasil porque os cafezais necessitam de chuvas abundantes para o "pegamento" das floradas, as quais são essenciais para o desempenho da safra 2017, a Somar Meteorologia informa que houve chuva intensa e generalizada sobre o oeste e o sul de Minas Gerais e na Mogiana de São Paulo, nos últimos dias, com volume que variou entre 15 mm e 75 mm. Porém, também fez o alerta que as precipitações vieram acompanhadas de ventania e queda de granizo em alguns municípios produtores do sul de Minas Gerais, danificando as lavouras.

Ainda segundo a Somar, o Cerrado voltou a ter tempo seco a partir de ontem, mas a chuva permaneceu sobre a região que se estende do sul da Bahia ao sul de Minas. A partir desta sexta, o tempo seco retorna para a maior parte das áreas produtoras, mas, a partir da próxima segunda-feira, as precipitações voltam a ocorrer na Zona da Mata e no Cerrado Mineiro, no Espírito Santo e na Bahia.

Na ICE Futures US, o vencimento dezembro do Contrato C foi cotado, ontem, a US$ 1,4640 por libra-peso, com queda de 515 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento novembro do contrato futuro do robusta, negociado na  ICE Futures Europe, desceu para US$ 1.986 por tonelada, com desvalorização US$ 18 em relação à última sexta-feira.

O Centro de Estudos Avançados em Economia aplicada (Cepea) informou que, no Brasil, os preços do café robusta permanecem em alta, dando sequência à quebra de recordes reais. O Indicador Cepea/Esalq da variedade alcançou R$ 468,37/saca de 60 kg na quinta-feira, implicando alta de 1,90% em relação à semana anterior. Contudo, a instituição revela que as negociações envolvendo o conilon ocorrem apenas pontualmente.

Já o desempenho do café arábica no Brasil seguiu o caminho percorrido no mercado internacional, também pressionado pelo câmbio e pelas chuvas. O indicador da variedade recuou 2,19% até ontem, valendo R$ 492,05/saca. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações da variedade estão limitadas em função dos armazéns estarem abastecidos, o que deixa de fora muitos operadores de mercado. “Além disso, produtores aguardam novas valorizações para ofertar um volume maior da variedade no spot”, explica a instituição.

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CNC

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