Café: Bolsa de Nova York dá sequência aos ganhos da véspera nesta 3ª com apreensão sobre safra do Brasil

Publicado em 18/10/2016 11:58

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham com alta próxima de 100 pontos nesta tarde de terça-feira (18) e estendem os ganhos registrados nas últimas sessões. Os operadores no terminal externo seguem repercutindo as condições climáticas adversas no cinturão produtivo do Brasil, que podem mexer com o abastecimento no próximo ano. Na semana passada, os preços externos do grão tiveram valorização acumulada de cerca de 5% e reconquistaram o patamar de US$ 1,60 por libra-peso.

Pelo horário de Brasília, às 12h33, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 158,80 cents/lb com 170 de pontos, o março/17 registrava 162,20 cents/lb com avanço de 165 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 164,15 cents/lb com 160 pontos positivos e o julho/17, mais distante, também avançava 160 pontos, cotado a 166,10 cents/lb. Ontem (17), os preços externos do robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, testaram máximas de dois anos e fecharam em cerca de US$ 2100,00 por tonelada.

O cinturão produtivo do Brasil tem recebido chuvas isoladas nos últimos dias, que até contribuíram para a abertura da florada da safra comercial 2017/18 do Brasil em diversas regiões. No entanto, o clima deixa a desejar justamente neste momento importante do ciclo produtivo e os envolvidos de mercado estão bastante preocupados com o abastecimento no próximo ano, que já promete ser de bienalidade baixa para a maioria das origens produtoras brasileiras.

"Mais chuvas são necessárias, especialmente por conta da fase de floração", disse Shweta Upadhyay, analista da Global Coffee Monitor, em referência à formação das flores que formarão frutos para colheita em 2017. "Há enormes preocupações com o abastecimento no Brasil para 2017", pondera a analista.

"Chuvas no fim de semana trouxeram pequena melhora na umidade no solo de áreas de café do Sul e chuvas moderadas para os próximos dias não devem melhorar significativamente as condições das lavouras brasileiras", disseram meteorologistas da MDA Information Services à agência de notícias Reuters. "O clima seco retorna em áreas do Norte do país durante os próximos 10 dias e a umidade do solo a diminuirá novamente, prejudicando a floração do café".

A Bloomberg confirma a condição climática para o Brasil nos próximos dias. Segundo a agência, a previsão do tempo aponta baixas possibilidades de chuvas nas áreas produtoras do Brasil nos próximos sete dias. Apenas partes do Paraná e Oeste de São Paulo devem ter maior umidade no período.

O câmbio também dá suporte ao mercado nesta terça-feira, pois impacta diretamente nas exportações da commodity pelo Brasil. Às 11h49, o dólar comercial caía 0,6%, vendido a R$ 3,1882, em meio a busca por risco no exterior.

Enquanto isso, no Brasil, seguem isolados os negócios com café apesar das valorizações externas. "Sem estoques de safras anteriores e preocupados com o estado dos cafezais, exauridos com a colheita de ciclo alto após dois anos de secas fortes e atípicas, os cafeicultores vendem o suficiente para cumprir seus compromissos de curto prazo", reportou o Escritório Carvalhaes em seu informativo mais recente.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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