Café: Em semana de ajustes, cotações em Nova York acumulam perdas de quase 1%

Publicado em 18/11/2016 16:54

Apesar de esboçar recuperação na sessão, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leves perdas nesta sexta-feira (18). Novamente, a sessão foi marcada por volatilidade, diante da falta de novidades no quadro fundamental e também por influência das incertezas globais.

Com isso, o vencimento dezembro/16 encerra a semana valendo 157,85 cents/lb, com queda de 145 pontos na sessão. Já março/17 – que passa a ser atual referência para o mercado – perdeu 85 pontos e fechou a 162,10 cents/lb. O maio/17 encerrou cotado a 164,35 cents/lb, com desvalorização de 95 pontos, assim como julho/17 que fecha a 166,40 cents/lb.

O mercado internacional registrou mais um dia de lentidão, com movimentos técnicos e focado na rolagem de posições. Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as preocupações em relação a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos continua movimentando o cenário externo e trazendo ansiedade aos investidores. Diante disso, as cotações em Nova York registraram queda de quase 1% nos principais vencimentos na semana, enquanto que na anterior as cotações chegaram a ceder quase 7%.

Informações reportadas pelo Agrimoney apontam que o mercado vinha refletindo as preocupações com o abastecimento no próximo ano, diante dos problemas climáticos enfrentados em países produtores. "De fato, as posições sobrecompradas no café têm sido uma boa aposta, com um hally de alta de oito meses - impulsionado pela secura que minou a safra de robusta e levantou algumas preocupações sobre Brasil em relação ao florescimento da safra 2017/18", aponta o site internacional.

Porém a atenção nos últimos dias seguiu em relação às informações de câmbio, segundo explica o vice-presidente da Price Futures Group e analista, Jack Scoville. “A força global do dólar norte-americano reduziu os preços arábica em Nova York”, aponta. Contudo, apesar das fortes altas observadas no início da semana, a cotação no Brasil encerra com queda acumulada de 0,16% diante da atuação do Banco Central. Hoje, a moeda norte-americana fechou valendo R$ 3,3870 na venda.

Além disto, dados de chuvas no cinturão produtivo de café no Brasil também tem contribuído para a formação dos preços no mercado internacional. Diante da forte apreensão em relação ao abastecimento no próximo ano – por ser uma safra de baixa bienalidade –, operadores entendem que as precipitações são positivas ao desenvolvimento da safra.  

"As chuvas chegaram com força e a previsão é que as mesmas fiquem na região produtora até pelo menos o final do mês", aponta Magalhães. Mapas meteorológicos apontam para chuvas generalizadas nos próximos três dias no Sudeste, com a chegada de uma frente fria. Na tarde de ontem, as precipitações chegaram a região da Mogiana, Minas Gerais e sul da Bahia.

Mercado interno

Com o cenário de poucas oscilações no mercado internacional, no físico pouca mudança ocorreu e muitos produtores optam por segurar as vendas à espera de melhores oportunidades de negociação. Magalhaes explica que os negócios têm sido lentos nos últimos dias.

Informações reportadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) apontam que no cenário doméstico, os preços têm registrado oscilações, mas ainda seguem em patamares elevados. “A valorização do dólar e as expectativas quanto aos estoques apertados e à produção mundial para a próxima temporada vem ditando o ritmo dos negócios”, apontam os pesquisadores do Centro.

Com isso, para o cereja descascado a maior alta observada ocorreu em Espírito Santo do Pinhal, com valorização de 3,17% na semana e cotado a R$ 650,00 pela saca de 60 quilos. Em Poços de Caldas (MG), as cotações cederam 3,92% nos últimos dias e fecha com negócios a R$ 613,00 pela saca.

Para o tipo 4, houve queda de 0,70% em Guaxupé (MG), em que a referência passa a ser de R$ 647,41 pela saca de 60 quilos. Em Varginha (MG) foi registrada a alta de R$ 0,85% e negócios a R$ 595,00 pela saca.

No tipo 6 duro, as cotações subiram 3,70% em Espírito Santo do Pinhal (MG), com a saca de 60 quilos valendo R$ 560,00. Em Guaxupé (MG), a saca teve desvalorização de 1,38% e fechou a semana valendo R$ 571,00.

Na quinta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 564,63 com recuo de 0,02%.

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Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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