Café: Bolsa de Nova York dá sequência às perdas da véspera nesta 4ª e vencimentos ficam próximos de US$ 1,30/lb

Publicado em 28/12/2016 16:40

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a cair nesta quarta-feira (28) após esboçarem recuperação apoiada por compras da indústria pela manhã. Com essa nova queda, o arábica renova as perdas da véspera. O mercado segue bastante atento as chances cada vez menores de desabastecimento do grão em 2017 por conta das melhores condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, mas também realiza movimentações técnicas.

Com essa nova baixa, os principais vencimentos do arábica já estão próximos do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O contrato março/17 fechou o pregão de hoje a 133,50 cents/lb com 70 pontos de recuo, o maio/17 anotou 135,85 cents/lb com 65 pontos de desvalorização. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia negociado a 138,15 cents/lb com 65 pontos de queda e o setembro/17, mais distante, também caiu 65 pontos, cotado a 140,20 cents/lb. Essa é a quarta queda consecutiva no mercado.

"Os futuros recuaram mais uma vez dando sequência as negociações vinculadas às estimativas de produção mais altas do que o previsto no Brasil. Os produtores brasileiros estão oferecendo menos, e os produtores na América Central não estão ofertando suas produções devido à fraqueza dos preços. As ideias são de que a produção de arábica será forte na América Latina", reportou o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

O mercado está otimismo com a próxima safra do Brasil e outras origens produtoras, algumas corretores, inclusive, já apontam superávit global do grão no próximo ano. O setor produtivo do Brasil não acredita nisso por conta da bienalidade negativa das plantações na maior parte do cinturão produtivo. A última safra do país, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) foi de 51,37 milhões de sacas de 60 kg entre arábica e robusta. O volume representa um acréscimo de 18,8%, quando comparado com a produção de 43,24 milhões de sacas obtidas no ciclo anterior e representa recorde.

Além das questões fundamentais, segundo agências internacionais, o mercado do arábica também oscila acompanhando o movimento dos fundos nos últimos dias. "Nós ainda estamos sofrendo com uma significativa liquidação dos fundos de investimento. A indústria continua a comprar, mas está em uma posição líquida muito confortável no momento", disse um negociante londrino à agência de notícias Reuters nesta quarta-feira.

Os comerciantes disseram para a agência que a maior parte da posição líquida comprada pelos especuladores no mercado já havia sido liquidada.

Mercado interno

No Brasil, seguem lentos os negócios com café nesta semana já marcada pelas comemorações de final de ano. Além disso, os preços ofertados não agradam o cafeicultor, que só deve voltar às praças de comercialização do país no início de 2017. "Os produtores brasileiros estão oferecendo menos no mercado, e os da América Central não estão oferecendo muito devido à fraqueza dos preços", afirma Jack Scoville. Analistas acreditam que o mercado deve voltar a ter liquidez apenas no início do próximo ano.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Varginha (MG) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 6,60% e saca a R$ 495,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor em Guaxupé (MG) com 520,00 a saca e queda de 6,81%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação no dia em Patrocínio (MG) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia para o tipo ocorreu em Guaxupé (MG) com recuo de 5,98%% e saca a R$ 456,00.

Na terça-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 479,45 com queda de 1,98%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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