Café: Desfolha de lavouras preocupa produtores e terá reflexos na produção da safra 2018/19, aponta Procafé; veja fotos

Publicado em 05/09/2017 14:41

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A intensa desfolha das lavouras tem preocupado os produtores de café do Brasil e deve ter reflexos consideráveis na produção da safra 2018/19, que é de bienalidade positiva e poderia, segundo analistas internacionais, chegar a um recorde de 60 milhões de sacas de 60 kg entre arábica e conilon. No entanto, diante das condições climáticas atuais, esse volume poderá ser menor, segundo a Fundação Procafé.

"Essa desfolha é uma proteção natural das plantas que, pensando em diminuir a evapotranspiração, perde as folhas. Com essa condição, as plantas vão acabar tendo maior dificuldade para o pegamento das floradas e, consequentemente, impactos na produção do próximo ano", afirma o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, em Franca (SP), Marcelo Jordão Filho. O pesquisador salienta que já são quase 60 dias sem chuvas na região da Alta Mogiana.

Lavouras de café arábica na região Sul de Minas Gerais - Foto: Gustavo Emídio Lavouras de café arábica na região Sul de Minas Gerais - Foto: Gustavo Emídio Lavouras de café arábica na região Sul de Minas Gerais - Foto: Gustavo EmídioLavouras de café arábica com desfolha - Foto: Reprodução/Redes Sociais Lavouras de café arábica com desfolha - Foto: Reprodução/Redes Sociais Lavouras de café arábica com desfolha - Foto: Reprodução/Redes SociaisLavouras de café arábica com desfolha - Foto: Reprodução/Redes Sociais Lavouras de café arábica com desfolha - Foto: Reprodução/Redes Sociais Lavouras de café arábica com desfolha - Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com o cafeicultor Gustavo Emídio de Bom Jesus da Penha (MG), no Sul do estado, principal região produtora de café do país, a situação das lavouras é delicada, apesar de parte de suas plantações já terem recebido a primeira florada. "Tenho 99% de certeza que essa florada não vinga. O clima está muito seco para os cafezais. As lavouras dos meus amigos estão morrendo por falta de água e isso está presente em 60% a 70% das plantações da região", diz.

Dados do Sismet (Sistema de monitoramento Meteorológico da Cooxupé) evidenciam a situação. Em todo o mês de agosto, Guaxupé (MG) teve déficit hídrico de 24,1%, Nova Resende (MG) registrou 28,3%, Carmo do Rio Claro teve 39,6% e Coromandel (MG) anotou 70%. O portal fornece informações meteorológicas atualizadas de cada região cooperada, desde o Sul de Minas até o Cerrado.

Emídio salienta que a previsão inicial era de que a colheita em 2018 seria bem maior do que a da safra atual, que está praticamente finalizada, mas já existe o temor de produção menor com as lavouras sendo prejudicadas pelo clima.

Analistas internacionais chegaram a apontar nas últimas semanas que a próxima safra do Brasil poderia chegar a 60 milhões de sacas de 60 kg de arábica e também conilon, um recorde, já que será de bienalidade positiva e as condições climáticas eram benéficas. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima a produção do país em 2017 em 45,56 milhões de sacas.

A condição dessas lavouras contrasta com outras que já floresceram, mas que fatalmente terão pegamento sem melhores condições climáticas. Mapas climáticos apontam que o clima deve permanecer seco pelo menos pelos próximos sete dias no cinturão de café do Brasil. Apenas o Norte do Espírito Santo e Bahia podem receber chuvas entre quinta-feira e sábado.

Veja mais:
» Florescem lavouras da safra 2018/19 de café arábica do Brasil, mas clima deve prejudicar pegamento; veja fotos

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • alexandre maroti nova resende - MG

    A realidade é que o deficit hídrico ta muito alto , não tem água e tá tudo secando. Depois de quase 100 dias sem chuva a situação tá complicada

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