CNC: Dólar e estoques pressionam futuros do café em NY

Publicado em 16/08/2019 13:12
Apesar da queda de 5ª-feira, moeda subiu 1,2% na semana. Os EUA, maiores consumidores do mundo, elevaram seus estoques em 4%

Os contratos futuros do café arábica recuaram no acumulado da semana, pressionados pelo mercado cambial e também pela elevação, de 4% em julho, dos estoques de café verde nos Estados Unidos (7.099.175 sacas), maior consumidor mundial.

Além disso, um fraco desempenho positivo do café, ontem, na ICE Futures US, diante da desvalorização superior a 1% do dólar ante o real pode induzir que o momento do mercado é dos vendidos.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/19 encerrou a sessão de ontem a US$ 0,98 por libra-peso, acumulando perdas de 270 pontos. Já na ICE Europe, o vencimento novembro/19 do café robusta subiu US$ 33, fechando a US$ 1.354 por tonelada. O avanço do conilon se deu por fatores técnicos, com cobertura de posições vendidas.

Apesar do recuo na quinta-feira (15), o dólar comercial acumulou valorização de 1,2% na semana, puxado pelas questões políticas na argentina e pela aversão a ativos de risco no mercado financeiro depois da divulgação de indicadores fracos de atividade econômica na China e na Alemanha. A moeda fechou, ontem, a R$ 3,9903.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia prevê, para hoje, nevoeiros em São Paulo e Rio de Janeiro e a continuidade da chuva, de maneira fraca, mas constante, no norte do Espírito Santo. Para amanhã, a previsão é de elevação de temperatura em todo o Sudeste e, no domingo, o tempo deverá ficar firme na Região, com exceção para o Vale do Ribeira (SP) e o litoral sul paulista, que poderão receber rajadas de vento.

No mercado físico, compradores e, principalmente, vendedores continuam retraídos, mantendo a liquidez interna muito baixa, conforme apurou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). "Os preços são considerados insatisfatórios no spot, deixando grande parte dos vendedores concentrada nas entregas já programadas".

Segundo a instituição, esses agentes devem voltar ao mercado com maior força entre o final de agosto e setembro, haja vista que, além da finalização dessas entregas, produtores podem ter maior necessidade de fazer caixa devido às adubações e a outros tratos culturais realizados na pré e pós-florada.

Do lado da demanda, os compradores podem se tornar mais ativos após as férias e também por causa das expectativas de redução das temperaturas no Hemisfério Norte. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon situaram-se em R$ 409,13/saca e R$ 283,39/saca, respectivamente, avançando 0,3% e 1,8% na semana.

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CNC

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