Café: NY tem nova alta nesta 5ª diante de percepções mais negativas com safra 19/20

Publicado em 22/08/2019 17:34
Rabobank estima déficit global de 5,5 milhões de sacas de 60 kg na safra 2019/20

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Os contratos futuros do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (22) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e estenderam os ganhos da véspera. O mercado externo acompanha informações sobre a oferta da safra 2019/20.

O vencimento setembro/19 encerrou o dia com alta de 65 pontos, a 93,50 cents/lb e o dezembro/19 anotou 97,30 cents/lb com valorização de 65 pontos. O março/20 avançou 60 pontos, negociado a 100,90 cents/lb e o maio/19 subiu 60 pontos, a 103,25 cents/lb.

O café arábica caiu forte nos últimos dias na ICE e os primeiros vencimentos chegaram a ficar abaixo de 1 por libra-peso. Dessa forma, ajustes altistas passaram a ser vistos. Também dá suporte aos preços externos informações da safra 2019/20.

"A colheita do Brasil está finalizada. Os relatórios indicam que os rendimentos não são realmente altos e que a qualidade da cultura está baixa devido ao clima", destacou o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

O Rabobank divulgou nesta quinta-feira que a safra global 2019/20 de café arábica pode ter um déficit de 5,5 milhões de sacas de 60 kg, o maior de sete anos. A instituição também elevou sua estimativa total para 4,1 milhões de sacas.

A comercialização da safra 2019/20 de café do Brasil chegou a 43% até o dia 20 de agosto, de acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado. Os trabalhos estão mais adiantados em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, as vendas ganharam ritmo com disponibilidade de café e necessidade de caixa por parte dos produtores. "Já os baixos preços serviram como contrapeso, limitando uma melhor performance comercial", afirma.

Leia mais:
» Café: Comercialização da safra 2019/20 está adiantada e chega a 43%, diz Safras & Mercado

Para a próxima safra, o Inmet aponta que as áreas de café do Brasil podem ter um atraso das chuvas e altas temperaturas. Mapas estendidos apresentam ainda tendência de um veranico no início de 2020, período de enchimento de grãos.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café seguiu lento nos últimos dias com os preços em baixa na maioria das praças de comercialização. O Escritório Carvalhaes destacou que até aparecem compradores interessados para todos os postos a venda, mas as bases não agradam os cafeicultores.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 467,00 – estável. A alta mais expressiva ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,27% e saca a R$ 450,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 425,00 e avanço de 1,19%. A maior oscilação no dia dentre as praças junto com Franca (SP) (-1,19%) e saca a R$ 415,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 417,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Araguari (MG) com queda de 3,61% e saca a R$ 400,00.

Na quarta-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 406,26 e alta de 0,08%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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