Café arábica fica estável em NY nesta 5ªfeira frente a briga do real com a safra brasileira

Os vencimentos do café arábica perderam força ao longo desta quinta-feira (26) e encerram o dia com leves quedas na Bolsa de Nova York. As principais cotações registraram perdas entre 10 e 15 pontos.
O contrato dezembro/19 teve baixa de 10 pontos, a 100,85 cents/lb. Para o contrato março/20, a desvalorização foi de 10 pontos, a 104,35 cents/lb. Maio/20 acumulou perda de 10 pontos, a 106,60 cents/lb e julho/20, queda de 15 pontos, a 108,65 cents/lb.
Esses números representaram ganhos de 0,10% para o dezembro/19, 0,100% para o março/20, de 0,09% para o maio/20 e de 0,14% para o julho/20, com relação ao fechamento da última quarta-feira (25).
Segundo informações do site internacional Barchart, os preços do café se estabilizaram na quinta-feira, com a fraqueza do real sendo compensada pelas preocupações da safra brasileira.
“As preocupações com a safra de café no Brasil aumentaram depois que o World Weather divulgou na quarta-feira que partes de Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, receberam apenas 50% da precipitação normal no mês passado”, aponta a publicação.
Por outro lado, “a fraqueza do real em relação ao dólar é negativa para os preços do café depois que o real caiu para a mínima de 1 ano em relação ao dólar na quarta-feira. Um real mais fraco incentiva as vendas de exportação dos produtores de café do Brasil”, diz o Barchart.
Mercado Interno
No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram do lado positivo das cotações.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 494,00 – com estabilidade. A maior alta registrada aconteceu em Patrocínio/MG, 1,05% e preço de R$ 480,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca/SP, com saca a R$ 460,00, com valorização de 1,1%, também a maior registrada no dia.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação com saca a R$ 450,00 em Patrocínio/MG, Araguari/MG, Franca/SP e Rio Grande do Sul, esta última teve a maior alta da quinta-feira com elevação de 2,27%.
A Agência Reuters informou que enquanto observam as primeiras floradas da nova safra brasileira de café, agricultores e analistas avaliam que uma floração mais generalizada nas principais áreas produtoras do Brasil ainda está para ocorrer, e só então será possível determinar o potencial da safra 2020 do país.
“Houve algumas floradas especialmente na Mogiana, mas a ocorrência foi muito limitada nas principais áreas do sul de Minas e do Cerrado Mineiro. Grande parte dessa florada até agora foi perdida, mas ainda acreditamos que a colheita de arábica do ano que vem tem potencial para ser recorde se as chuvas voltarem nos próximos dias, até o final de setembro, como é esperado”, disse Carlos Mera Arzeno, analista de café do Rabobank.
Confira como ficaram as cotações nesta quinta-feira:
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1 comentário
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Jair Del Cól Valinhos - SP
Cacete!!!! Mal caiu um a chuvinha e "analistas" já estão falando em safra recorde. A de 2018 é imbatível. Parem de dar chute no escuro para derrubar o preço do café. Erraram feio em todas as previsões de 2019...