Café: câmbio e coronavírus pressionam mercado e sessão termina com novas baixas

O mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta quinta-feira (20) mais uma vez com baixas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US), após iniciar o dia com movimentações técnicas e recuar nos valores no início da tarde.
Março/20 teve baixa de 320 pontos, valendo 103,60 cents/lbp. Maio/20 teve desvalorização de 405 pontos, cotado por 104,95 cents/lbp, julho/20 caiu 405 pontos, valendo 107,10 cents/lbp e setembro/20 também encerrou as cotações com baixas de 405 pontos, sendo negociado por 109,05 cents/lbp.
Eduardo Carvalhaes, analista de mercado do Escritório Carvalhaes, destaca que os números são expressivos, mas fundamentalmente falando não há motivos para quedas no mercado futuro. Mais uma vez, o mercado de ações caiu sendo motivado mais uma vez pelo Coronavírus, e por se tratar de um mercado muito volátil, o café também acompanhou as quedas.
Nesta quarta-feira (20) o dólar mais uma vez encerrou em alta, com valorização de 0,59% e cotado por R$ 4,392 na venda. O dólar mais alto pode encorajar as exportações, mas tendem a derrubar os preços em Nova York, o que poderia ter influenciado nas quedas do dia.
Segundo Carvalhaes, de olho nos fundamentos não há motivos para baixas, sendo que o cenário é o mesmo que na semana passada, quando o mercado começou a perceber que não há tanto café disponível na mão do produtor, além de saber que a próxima safra será de ciclo alto, mas não de produção recorde de café como estava sendo falado e indicando uma movimentação de recuperação nos preços.
No Brasil, o mercado interno segue acompanhando Nova York nas movimentações e o volume de negócios continuam abaixo da média desde o início do ano devido aos preços mais baixos do que era esperado pelo produtor. De acordo com o analista, no início da manhã, quando Nova York registrava apenas movimentações técnicas, negócios chegaram a ser fechados com preços entre R$ 530 e R$ 540,00 na saca do café cereja. "O produtor já não tem muito café em mãos, é natural que seja mais resistente em vender por esses valores", afirma.
O tipo 6 duro teve a queda mais expressiva registrada em Espírito Santo do Pinhal/SP, com baixa de 3,92% e preços estabelecidos por R$ 490,00. Em Guaxupé/MG a queda foi de 2,15%, valendo R$ 500,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 2,02%, cotado por R$ 485,00 e Varginha/MG teve baixa de 2,97%, valendo R$ 485,00.
O tipo cereja descascado registrou queda de 2,88% em Varginha/MG, estabelecendo os preços por R$ 505,00. Guaxupé/MG teve baixa de 1,80%, por R$ 545,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 1,40%, valendo R$ 562,00 e Patrocínio/MG registrou baixa de 1,77%, estabelecendo os preços por R$ 555,00.
O tipo 4/5 registrou queda de 2,94% em Varginha/MG, cotado por R$ 495,00. Em Franca/SP a queda foi de 1,92%, com preços por R$ 510,00 e Poços de Caldas/MG registrou queda de 1,57%, sendo cotado por R$ 502,00.
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