Colheita do Conilon começa em Rondônia com boas expectativas de preço e produtividade

Publicado em 25/03/2020 14:15 e atualizado em 25/03/2020 19:49

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Na região de Rondônia a colheita do café tipo Conilon já começou e apesar das dúvidas que sondam o mercado neste momento por conta do Coronavírus, para o Conilon o cenário tem sido positivo, ficando dentro do esperado e a expectativa é que os preços não sofram muitas alterações nos próximos dias. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a safra 2020/21 do Conilon deve atingir 14,8 milhões de sacas de 60kg. Em contrapartida, estimativas de consultorias particulares apontam que a produção tende a ser mais elevada. Dados da Rabobank apontam que a produção deve atingir  18,5 milhões de sacas, indo de encontro com os números da FC Stone, que apontam a produção de 18 milhões de sacas. 

O analista Haroldo Bonfá afirma que a procura por Conilon vem sendo cada vez maior no mercado, sobretudo para os cafés solúveis o que poderia justificar que as produções sejam estimadas cada vez com números mais altos. Ainda de acordo com o analista, apesar de algumas commodities agrícolas registram quedas neste momento, a tendência é que os preços fiquem em alta motivados principalmente pelo aperto entre oferta e demanda. 

Durante o mês de fevereiro os preços se mantiveram na média de R$ 309,12. "Nós estamos agora no finalzinho da entressafra e agora teoricamente não tem café, apenas safra nova o que também pode influenciar nos preços", afirma. Explica ainda que apesar dos trabalhos de colheita já terem começado em Rondônia, logo que é colhido, o grão precisa descansar e por isso o setor enfrenta um cenário de aperto entre oferta e demanda. 

Nas demais regiões produtoras do Conilon como na Bahia e Espírito Santo a expectativa é que a colheita comece em meados de abril, quando os cafés de Rondônia já estarão prontos para serem comercializados. Haroldo destaca que para essa região há uma pequena insegurança de como ficarão as colheitas devido ao Coronavírus, mas que o impacto tende a ser muito menor do que nas demais áreas produtoras por se tratar de lugares onde as temperaturas são elevadas e o clima seco.

"Claro que há uma preocupação em todo o setor, mas todas as medidas de higienização estão sendo respeitadas e o Conolion não enfrentará problemas", destaca. O analista afirma ainda que todas as recomendações de higiene estão sendo seguidas, como aumento dos alojamentos, distância entre os trabalhadores, ações que são tomadas para evitar que a colheita seja prejudicada. 

Além da busca por Conolion no mercado ser cada vez mais, Haroldo destaca que produtores também buscam cada vez aumentar as áreas de produção, além de estarem sempre prontos para se adaptarem às novas tecnologias e produzir um café Conilon de qualidade. "Tem uma procura muito grande para usar a tecnologia no Conolin, não só de produtividade, mas também procurando fazer um diferencial para que a bebida ganhe mais destaque" comenta. 

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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