Café: Nova York e Londres finalizam com baixas com mercado na expectativa de novas chuvas

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (1º) com novas quedas acima dos 300 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações voltam a cair de maneira mais expressiva em um momento que o mercado acompanha as condições climáticas no Brasil.
Dezembro/20 teve queda de 390 pontos, valendo 107,05 cents/lbp, março/21 teve desvalorização de 350 pontos, negociado por 109,20 cents/lbp, maio/21 teve baixa de 345 pontos, negociado por 110,65 cents/lbp e julho/21 registrou desvalorizaçao de 340 pontos, negociado por 112,10 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Novembro/20 teve queda de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 1288, janeiro/21 registrou queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 1315, março/21 teve baixa de US$ 16 por tonelada, negociado por US$ 1332 e maio/21 registrou baixa de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 1350.
>> Do grão à xícara: A história do café no Brasil, contada por Eduardo Carvalhaes
O site internacional Barchart destacou em sua análise as condições no Brasil. A seca em Minas Gerais tem gerado preocupações no mercado, mas as recentes previsões começam indicar o retorno das chuvas, movimentando o mercado. "A Somar Meteorologia informou nesta segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais mediram 31,5 mm na semana passada ou 157% da média histórica", comentou a análise.
As previsões mais recentes da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) são otimistas para o café. De acordo com o NOAA, a tendência de chuvas mais expressivas na área do café deve acontecer a partir do dia 9 de outubro."Claro que isso movimenta o mercado, que é muito especulativo, mas ainda é muito cedo para gente avaliar os impactos", comenta Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, que classifica o pregão desta quinta como uma grande correção técnica.
A desvalorização do real em relação ao dólar também tem refletido nos preços do café. O dólar encerrou o pregão desta quinta com alta de 0,66% e cotado por R$ 5,65 na venda. O dólar mais alto tende a derrubar os preços na Bolsa, apesar de incentivar as exportações. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e finalizou com baixas nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,78% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 552,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,90%, valendo R$ 515,00, Araguarí/MG teve queda de 1,85%, valendo R$ 530,00 e Varginha/MG registrou queda de 3,54%, negociado por R$ 545,00, Franca/SP teve baixa de 2,68%, estabelecendo os preços por R$ 545,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,65% em Guaxupé, valendo R$ 595,00, Poços de Caldas/MG encerrou com baixa de 1,74%, valendo R$ 565,00, Varginha/MG teve queda de 3,23%, negociado por R$ 600,00 e Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 595,00.
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