Café: ATeG em Poço Fundo tem bons resultados
Cafeicultores de Poço Fundo finalizaram os quatros anos do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. O resultado mostra a eficiência do programa, que contou com a parceria do Sindicato Rural. Mesmo trabalhando com as diferentes realidades de 28 produtores, o técnico Tales Junior
Cabral os auxiliou a aumentar a produção.
O maior produtor tinha 71 hectares em produção, e o menor, 1,72 hectares. As lavouras hoje alcançam a média de produção de 46,1 sacas por hectare, índice superior à média nacional de 31,27 sacas, conforme índice da CONAB. O técnico comemora os resultados com a produção crescente de 9.737 sacas no início dos trabalhos para 15.780
ao final do programa.
Mais do que trabalhar para a recuperação das lavouras e aumento da produtividade, os produtores começaram um novo processo de gerenciamento, participaram de feiras, tiveram acesso a tecnologia, chegaram aos concursos de cafés especiais, retomaram acredibilidade no segmento e reduziram o valor do custo operacional.
Resultado
Para o produtor João Messias Lima, o ATeG proporcionou acesso à tecnologia de produção para custos mais baixos e eficiência nas vendas. “São pontos importantes para termos ganhos efetivos na cafeicultura”. A importância do programa em um município que tem a economia totalmente cafeeira é destacada pelo presidente do Sindicato Rural de Poço Fundo, Carlos Alberto Fagundes Gouveia. “O ATeG é um programa importante pelas características de nossas propriedades de pequenos, médios e micro produtores, sendo que muitos não têm acesso à instrução agronômica de qualidade”. O presidente também destacou que o programa já se tornou referência de como mudar a forma de encarar a atividade e melhorar o negócio.
“O técnico de campo leva até os produtores mudanças que podem ser implementadas sem grandes dificuldades. Mesmo que demore um pouco para o produtor se adaptar às mudanças, ele sabe que o SENAR vai mostrar como conduzir a propriedade de acordo com a peculiaridade e característica de cada uma, de forma que seja possível se adaptar
e chegar à alta produtividade e qualidade. Os resultados foram muito bons e já temos produtores premiados em concursos de café da Coopama (Cooperativa Agrária de Machado)”, completou.
Cupping 2020
Para o produtor Valdir José de Oliveira, que começou na atividade como micro e hoje se considera médio produtor, o ATeG foi muito importante para ajustes na propriedade e gerenciamento do negócio. “Foi muito bom. Quatro anos passam muito rápido e aprendemos muito. Cada vez mais esse tipo de consultoria é fundamental para orientar o
produtor”.
Com as mudanças, o café de Valdir também ganhou prêmios. Em 2019, ele garantiu o terceiro lugar na categoria Natural no Cupping de Cafés Especiais do programa ATeG, o que o deixou feliz por mostrar o potencial de Poço Fundo para o mundo. Ele participa da edição do concurso deste ano e a expectativa é de chegar à final. “O concurso é o
resumo do nosso trabalho de longos anos”, comentou.
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