Café: Mercado sobe forte e Nova York rompe a resistência dos 130 cents/lbp

Publicado em 22/02/2021 13:42 e atualizado em 22/02/2021 14:14
Vacinação em massa nos Estados Unidos e Inglaterra eleva otimismo para consumo e safra menor no Brasil dão suporte para valorização expressiva

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Após intensificar as perdas no período da manhã, o mercado futuro do café passou a operar com valorização expressiva para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Por volta das 13h39 (horário de Brasília), março/21 subia 535 pontos, valendo 132,85 cents/lbp, maio/21 registrava alta de 505 pontos, valendo 134,15 cents/lbp, julho/21 subia 530 pontos, negociado por 136,30 cents/lbp e setembro/21 registrava alta de 515 pontos, negociado por 137,95 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também opera com grande valorização. Março/21 registrava alta de US$ 32 por tonelada, valendo US$ 1375, maio/21 subia US4 37 por tonelada, valendo US$ 1406, julho/21 com valorização de US$ 36 por tonelada, negociado por US$ 1419 e setembro/21 operava com valorização de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 1427.

Em um momento com muitas variáveis no mercado, o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, explica que o setor ainda está buscando entender as motivações das altas nesta segunda-feira (22). "São tantas variáveis neste momento que estamos aguardando alguma notícia chegar pra gente aqui no Brasil", comenta. 

O analista destaca ainda que o mercado já entende que a safra de 2021 será menor que esperado, considerando não só o ano de bienalidade baixa, mas também os impactos da seca e das altas temperaturas nas principais regiões produtoras do país. O setor, no entanto, segue acompanhando para saber os reais impactos do clima não apenas na safra 21, mas também já observando o desenvolvimento da planta para 2022, que teoricamente seria um novo ano de ciclo alto para o Brasil. 

"O clima, de modo geral, está muito instável. Quem garante que não vamos ter um inverno muito frio no Brasil? Nós não temos estoques sobrando, mesmo que o clima seja positivo em 2021 e 2022, o cenário será apertado. Estamos em um momento de equilíbrio precário entre produção e consumo no mundo", comenta. 

Falando em consumo, outra questão que o mercado vem acompanhando de perto é certo otimismo para uma demanda mais aquecida nos Estados Unidos. Desde semana passada o mercado vem reagindo com valorização à uma possível retomada do consumo fora de casa no país norte-americano. "Há uma tendência grande no Hemisfério Norte da população estar vacinada no segundo semestre desse ano, o que indicaria esse consumo mais aquecido", acrescenta.

Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, também destaca um aumento de consumo um grande impulsionador dos preços neste momento, ressalta ainda uma demanda mais aquecida também na Europa. "O mercado está muito esperançoso de que a vacinação em massa, principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra, fará com que as pessoas voltem para as ruas, e com isso voltem a frequetentar cafeterias e restaurantes. Como o Brasil não terá café suficiente para embarcar no segundo semestre, já está fazendo com o que mercado antecipe os preços", afirma. 

 

 

 

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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