Café: Chuvas no Brasil se sobressaem à Colômbia e pressionam mercado nesta 4ª
Os contratos futuros do café arábica e robusta encerraram a sessão desta quarta-feira (09) com perdas nas bolsas de Nova York e Londres, respectivamente. O possível retorno das chuvas no Brasil voltou a ditar os negócios, apesar de preocupações com a Colômbia.
O contrato julho/21 do arábica em Nova York fechou o dia com queda de 50 pontos ou 0,32%, cotado a US$ 157,20 c/lb. O setembro/21 perdeu 55 pontos ou 0,34%, a US$ 159,30 c/lb. Em Londres, o robusta para julho/21 concluiu o dia com desvalorização de US$ 14 a tonelada, a US$ 1.582/t.
O mercado futuro do café retomou a atenção de parte do dia anterior em relação às chuvas previstas para áreas produtoras do Brasil nesta semana, porém ainda seguem os temores de que as precipitações não devem alterar o cenário de estiagem dos últimos meses.
"Mais chuvas estão sendo previstas para áreas de café nesta semana, mas o desenvolvimento foi atrasado e o progresso da colheita está lento", destaca o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville.
De acordo com a fornecedora de informações de commodities Barchart, a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, maior estado de cultivo de arábica do Brasil, foram de apenas 7,9 mm na semana passada, ou apenas 39% da média histórica.
Apesar da pressão no dia no mercado, acompanhando o Brasil, o dia foi de pouco impacto para os problemas na oferta colombiana, segundo maior produtor de café arábica do mund e que segue com impactos em suas exportações diante dos protestos locais.
"Na semana passada, fomos oficialmente notificados por alguns clientes no exterior que nos informam que suspenderão o uso do café colombiano devido a atrasos e não conformidades. Avisamos desde o primeiro dia dos bloqueios: “eles estão destruindo o que levou anos para ser construído", disse em uma rede social Roberto Velez Vallejo, porta-voz da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC).
Veja mais:
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Mercado interno
Os preços do café arábica seguem firmes no mercado brasileiro, apesar de queda em algumas praças de comercialização nesta quarta-feira seguindo o cenário internacional.
"Apesar do avanço da colheita de robusta nos últimos dias, colaboradores do Cepea apontam que o volume disponível no spot nacional ainda não é elevado, já que muitos produtores estão concentrados na entrega dos contratos fechados em meses anteriores", disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve a maior alta no dia em Campos Gerais/MG (Coopercam), com 879,00 a saca de 60 kg. No entanto, o dia foi de perdas acima de 1% em Franca e no Oeste da Bahia, além de leve valorização em Poços de Caldas.
O tipo cereja descascado também teve maior valor de negócio no dia em Campos Gerais, com saca a R$ 939,00. Poços de Caldas registrou salto de 0,22% no dia para o tipo.
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