Café tem dia de ajustes nos preços e encerra com queda de 1,64% em Nova York
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O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta quinta-feira (9) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Março/22 teve queda de 400 pontos, valendo 240,20 cents/lbp, maio/22 tinha registrou queda de 400 pontos, negociado por 239,65 cents/lbp, julho/22 teve baixa de 370 pontos, negociado por 238,75 cents/lbp e setembro/22 registrou queda de 365 pontos, valendo 236,75 cents/lbp.
De acordo com análise do site internacional Barchart, os preços do café estão sob pressão, devido à preocupação de que a rápida disseminação da nova variante Omicron Covid levará a bloqueios globais e restrições de viagens que fecham cafeterias e reduzem a demanda por café. Israel e Japão já fecharam suas fronteiras para visitantes estrangeiros, e outros países impuseram restrições a viagens.
No Brasil, o analista de mercado César de Castro Alves, do Itaú BBA, afirma que com a aproximação do inverno no Hemisfério Norte a maior preocupação para o mercado de café. A chegada do frio deve impulsionar o consumo de café, o que demanda o aumento dos estoques por parte das torrefadoras. Segundo César, a demora na entrega do café faz com que os estoques sejam consumidos, o que automaticamente aumentam as preocupações do setor.
Ainda de acordo com o especialista, apesar do cenário de preços firmes certa volatilidade não está descartada para os preços. Como o mercado café vem apresentando altas significativas muito rápida, César afirma que correções e ajustes nos preços são naturalmente esperadas pelo setor.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon encerrou com leves altas. Março/22 teve alta de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 2306, julho/22 teve alta de US$ 11 por tonelada, cotado a US$ 2270, setembro/22 teve alta de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 2258 e setembro/22 registrou valorização de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2253.
Segundo informações publicadas pela Reuters, o clima no Vietnã, maior produtor de conilon do mundo, atrapalha a evolução da colheita no país asiático. "Chuvas fracas nas Terras Altas Centrais do Vietnã, o maior produtor mundial do café robusta, continuaram interrompendo o processo de colheita e secagem do café, enquanto poucos produtores começaram a oferecer novos grãos da safra de 2021/22, disseram traders nesta quinta-feira", afirma.
No Brasil, o mercado interno encerrou o dia com queda em algumas das principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,68% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.465,00, Varginha/MG teve queda de 1,64%, negociado por R$ 1.500,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 2,07%, valendo R$ 1.469,00 e Poços de Caldas/MG teve alta de 0,68%, valendo R$ 1.480,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,57% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.568,00, Varginha/MG teve queda de 3,07%, valendo R$ 1.580,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 1,99%, valendo R$ 1.529,00 e Poços de Caldas/MG teve alta de 0,64%, valendo R$ 1.570,00.
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