Com chuvas no BR e dia de ajustes, arábica encerra com 3% de queda
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O mercado futuro do café arábica teve um dia de intensa desvalorização nos preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US) nesta quarta-feira (4). Sem grandes novidades, o mercado do café segue monitorando as condições climáticas no Brasil e os estoques certificados na ICE. Os negócios seguem em ritmo lento com o produtor aguardando por uma recuperação nos preços.
Março/23 teve queda de 500 pontos, negociado por 161,30 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 495 pontos, cotado por 161,35 cents/lbp, julho/23 registrou queda de 475 pontos, valendo 161,50 cents/lbp e setembro/23 teve baixa de 460 pontos, valendo 161,45 cents/lbp.
A análise do site internacional Barchart destacou as boas chuvas previstas para o Brasil nos próximos dias como fator que vem pressionando as cotações. "O abrandamento das condições de seca no Brasil é pessimista para os preços do arábica depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a região de Minas Gerais, no Brasil, recebeu 115,4 mm de chuva na semana passada, ou 193% da média histórica", voltou a destacar a publicação.
No Brasil, em entrevista ao Notícias Agrícolas, a Fundação Procafé destacou que as chuvas são de fato bem vindas, mas para a produção do ano que vem. A safra em desenvolvimento, pelo terceiro ano consecutivo, deverá ficar abaixo do ideal, ainda refletindo os impactos climáticos dos últimos anos.
Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, comenta que durante a manhã o mercado rompeu três importantes níveis técnicos, sendo eles: 165 cents/lbp, 163 cents/lbp e 161 cents/lbp. "Isso representa movimento técnico que dispara liquidações e compra de posições vendidas", explica o analista.
Já na Bolsa de Londres, o café tipo conilon foi sentido contrário e registrou valorização neste pregão.
Março/23 teve alta de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 1873, maio/23 teve alta de US$ 20 por tonelada, negociado por US$ 1839, julho/23 avançou US$ 20 por tonelada, valendo US$ 1817 e setembro/23 teve alta de US$ 21 por tonelada, negociado por US$ 1801.
"O café conilon está subindo devido aos sinais de oferta mais apertada depois que os estoques de café conilon monitorados pela ICE caíram hoje para uma baixa de 4 anos e meio de 6.401 lotes", acrescenta a análise internacional.
No mercado físico, algumas das principais praças de comercialização do país também encerraram com desvalorização.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,39% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.020,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,94%, cotado por R$ 1.050,00, Machado/MG teve queda de 3,92%, valendo R$ 980,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 2,39%, negociado por R$ 1.020,00 e Franca/SP teve desvalorização de 1,85%, cotado por R$ 1.060,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,79% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.100,00, Poços de Caldas/MG teve desvalorização de 0,85%, valendo R$ 1.160,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 2,26%, valendo R$ 1.080,00.
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