Blend amargo: fortes altas nos preços do café chegaram na xícara do consumidor
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Nos últimos meses, o mercado cafeeiro vem trabalhando com fortes e constantes altas nas bolsas internacionais. Diante deste cenário, as empresas vendedoras de café vivem um momento de muito pressão, e uma vez que os preços da mercadoria não param de subir, o repasse ao consumidor final se tornou praticamentre inevitável.
De acordo com relatório da Pine Consultoria, nas últimas semanas o preço ao consumidor subiu 15% e já há notificações que ainda em dezembro subirá novamente entre 20% a 25%.
Segundo a Reuters, as indústrias torrefadoras de café 3Corações e Melitta já aumentaram, e aumentarão ainda mais, os preços no Brasil. A 3Corações trouxe para o início de dezembro um aumento de 10% para seus produtos, e disse que aumentará em 11% a partir de 1º de janeiro de 2025. Já a Melitta South America aumentou em 25% os preços em dezembro.
A JDE Peet's, uma das maiores empresas de café do mundo, também alerta para o aumento dos preços dos produtos em média de 30% para o próximo ano.
Para a Neumann Gruppe GmbH, a maior comerciante de café do mundo, os torrefadores ainda estão demorando para repassar os aumentos reais de preços aos consumidores. “Acreditamos que a demanda global está enfrentando ventos contrários significativos, apesar de uma passagem muito lenta e defasada dos preços do café verde para os consumidores. O nível de preço atual exigirá mais aumentos de preços ao consumidor.”, completou Neumann.
Um relatório divulgado pela empresa aponta que a demanda por café deve permanecer abaixo de 170 milhões de sacas na temporada 2024-25, estável em relação ao ano anterior, mas os suprimentos estão tão apertados que o mercado ainda enfrentará uma escassez global de 2 milhões de sacas.
"Com essa forte alta nos preços para o consumidor é improvável que a demanda se recupere", alertou Neumann.
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