Preocupação com o rendimento da safra brasileira de café faz preços encerrem a sessão desta 6ª feira (09) em lados opostos nas bolsas internacionais
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Os preços do café encerraram a sexta-feira (09) em lados opostos nas bolsas internacionais, com o arábica registrando ganhos e robusta em queda moderada nos futuros.
De acordo com o Barchart, a fraqueza do dólar foi favorável aos preços do café. No entanto, os ganhos em NY foram limitados por sinais de uma maior oferta global, após o USDA prever que a produção de café em Honduras (maior produtor de arábica da América Central) em 2025/26 aumentaria 5,1%, para 5,8 milhões de sacas.
No Brasil, a colheita ainda está no começo, mais avançada para o conilon e começando no arábica, mas o mercado segue refletindo a chegada da safra nova, que traz incertezas sobre o tamanho da produção.
Segundo o presidente da illycaffè, Andrea Illy, a queda esperada da safra de café arábica do Brasil em 2025 não deve ser tão grande, uma vez que chuvas em abril podem ter ajudado na recuperação dos frutos, ainda que a possibilidade de maior quantidade de grãos chochos deva ser observada. As lavouras sofreram com um veranico, especialmente em fevereiro, que registrou falta de água em uma época importante do desenvolvimento dos grãos, além de temperaturas elevadas. "Nós só vamos ver isso na colheita, tem gente que fala até em 12% desse problema de grãos chochos é um percentual de certa maneira alto. Em uma safra boa a quantidade de grãos chochos não chega a 1%", afirmou o presidente.
Em NY, o arábica fecha o dia registrando queda de 65 pontos no valor de 397,15 cents/lbp no vencimento de maio/25, um ganho de 40 pontos no valor de 387,75 cents/lbp no de julho/25, um aumento de 65 pontos negociado por 382,45 cents/lbp no de setembro/25, e uma alta de 80 pontos no valor de 375,05 cents/lbp no de dezembro/25.
O robusta encerra com baixa de US$ 34 no valor de US$ 5,201/tonelada no contrato de maio/25, um recuo de US$ 39 no valor de US$ 5,226/tonelada no de julho/25, uma perda de US$ 32 cotado por US$ 5,181/tonelada no de setembro/25, e uma queda de US$ 28 no valor de US$ 5,122/tonelada no de novembro/25.
Mercado Interno
De acordo com informações do Safras & Mercado, no mercado físico brasileiro, as cotações já refletem a chegada da safra, com pressão tanto no arábica quanto no robusta. Cafés novos ainda são incipientes, com alta catação, mas os compradores pressionam por preços mais baixos e os produtores dosam a oferta.
Esta sexta-feira (09) registrou pouquíssima movimentação nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas. O Café Arábica Tipo 6 encerra apenas com variação de ganho de 0,39% em Machado/MG no valor de R$ 2.585,00/saca, e um ganho de 1,15% em Franca/SP negociado por R$ 2.650,00/saca. Já o Cereja Descascado não registrou nenhuma variações no fechamento do pregão.
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