Chuvas no Brasil consolidam baixas nas bolsas internacionais do café no fechamento da sessão desta 3ª feira (23)
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Os preços do café fecharam essa terça-feira (23) com quedas nas bolsas internacionais. De acordo com o Barchart, o arábica atingiu a menor cotação em um mês, devido a previsão de chuvas significativas para os próximos dias nas principais áreas cafeeiras do Brasil. Outro ponto que movimentou o mercado futuro, foi a fala do presidente americano Donald Trump, que se encontraria com o presidente brasileiro Lula da Silva, o que alimentou esperanças de progresso em um acordo comercial entre os países, contribuindo assim para uma flexibilização das tarifas sobre as exportações de café brasileiro.
Informações do portal internacional Bloomberg destacam que as tarifas americanas têm mantido comerciantes e produtores brasileiros cautelosos, e os embarques brasileiro para os EUA caíram , e a quantidade de café do Brasil depositada nos armazéns da bolsa também segue em queda.
Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, no curto prazo o mercado cafeeiro deve seguir especulativo, apresentando fortes oscilações, e pautado nos fundamentos. "Não temos estoques suficientes nem nos países produtores e nem nos consumidores. O equílibrio entre produção e demanda mundial deve seguir precário. Além disso, o clima será fundamental para definir a próxima safra do Brasil, que poderá ser mais volumosa que a de 2025, mas não será uma safra recorde", explicou ainda o analista.
Em NY, o arábica fecha o pregão recuando em 4,68% nos futuros mais próximos. No vencimento de dezembro/25 registra baixa de 1.720 pontos no valor de 350,15 cents/lbp,
um recuo de 1.285 pontos no valor de 335,05 cents/lbp no de março/26, e uma perda de 1.110 pontos negociado por 323,20 cents/lbp no de maio/26.
Já o robusta encerra com queda de US$ 162 no valor de US$ 4,118/tonelada no contrato de novembro/26, uma desvalorização de US$ 149 no valor de US$ 4,079/tonelada no de janeiro/26, e um recuo de US$ 138 cotado por US$ 4,025/tonelada no de março/26.
Mercado Interno
De acordo com Carvalhaes, as fortes e repentinas oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres continuam dificultando o fechamento de um volume maior de negócios no mercado físico brasileiro, que mesmo com a entrada da nova safra segue com poucos produtores dispostos a fechar novos negócios na base dos preços ofertados.
Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, o Café Arábica Tipo 6 encerra com a queda de 6,82% em Franca/SP no valor de R$ 2.050,00/saca, uma perda de 3,32% em Guaxupé/MG cotado por R$ 2.041,00/saca, e uma desvalorização de 2,78% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.095,00/saca. Já o Cereja Descascado registra baixa de 3,17% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.139,00/saca, uma perda de 3,51% em Varginha/MG no valor de R$ 2.200,00/saca, e um recuo de 1,93% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.540,00/saca.
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