Cenário de incertezas sobre oferta e clima mantém volatilidade do mercado cafeeiro

Os preços do café registravam ganhos nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (11), com o arábica trabalhando com ganhos de mais de 1% nos futuros mais próximos.

As quedas nas exportações brasileiras seguem pressionando as cotações de NY. Na última terça-feira (09), o Cecafé divulgou que os embarques dos grãos brasileiros em novembro foi de 3,582 milhões de sacas, volume que representa queda de 26,7% em relação aos 4,889 milhões aferidos no mesmo mês em 2024. 

Segundo o Barchart, o robusta encontra suporte diante de uma melhor oferta, após o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informar na última sexta-feira (05) que as exportações do Vietnã em novembro aumentaram 39% em relação ao ano anterior, atingindo 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro subiram 14,8% em relação ao ano anterior, para 1,398 milhão de toneladas. 

O clima no Brasil segue no radar mercadológico. Pesquisadores do Cepea destacam que os bons volumes de chuvas registrados em muitas regiões produtoras de café arábica nos últimos dias vêm trazendo um certo otimismo ao setor, à medida que isso tende a favorecer o potencial produtivo da nova safra (2026/27). Para o robusta, apesar de um período mais seco que prejudicou o início da temporada, chuvas no norte do Espírito Santo, onde se concentra a maior parte da área da variedade, têm ocorrido em quantidades ainda maiores. 

Perto das 9h30 (horário de Brasília), o arábica registrava alta de 660 pontos no valor de 400,80 cents/lbp no vencimento de dezembro/25, um aumento de 495 pontos no valor de 377,25 cents/lbp no de março/26, e um ganho de 490 pontos negociado por 360,10 cents/lbp no de maio/26.

O robusta avançava com US$ 41 no valor de US$ 4,262/tonelada no contrato de janeiro/26, uma valorização de US$ 25 cotado por US$ 4,163/tonelada no de março/26, e um aumento de US$ 20 no valor de US$ 4,085/tonelada no de maio/26.