Café tem forte baixa na bolsa de Nova York nesta quarta-feira
O tombo assustou traders nova-iorquinos, que não descartam que a fuga dos investidores das commodities continue nos próximos dias, a depender de fatores macroeconômicos não relacionados aos fundamentos de oferta e demanda desses produtos. No longo prazo, contudo, a expectativa ainda é de preços sustentados.
"No longo prazo, o café ainda será um mercado 'altista'. A demanda vai ultrapassar a oferta", disse à agência Reuters Nick Gentile, diretor do fundo Atlantic Capital Advisors baseado em Nova Jersey. Estima-se que mesmo os melhores tratos culturais e a intensificação do uso de insumos como fertilizantes, que ganham força com os atuais preços remuneradores, serão insuficientes para acompanhar a crescente demanda.
Café tem queda de preço expressiva na Bolsa de Nova York
No acumulado dos últimos 30 dias, a desvalorização passa dos 13%. Dificuldade financeira de países europeus é um dos motivos. Segundo especialistas, a queda é provocada por vários fatores, entre eles, a dificuldade financeira de alguns países da Europa.
Eduardo Carvalhaes, analista de mercado, explica que as notícias de que os embarques do café brasileiro vão bem e a colheita está acelerada com o clima ajudando, levam a sensação de segurança ao exterior e os operadores da Bolsa acabam realizando lucros.
Os preços quando chegaram acima de US$ 3 na Bolsa de Nova York não subiram tanto aqui, a alta forte não foi acompanhada, assim como acontece agora com a queda. Os preços estão estáveis e os bons cafés perderam pouco em relação aos últimos 30 dias.