China compra a norte-americana Smithfield Foods Inc. - maior produtora de carne suína do mundo
A China anunciou a compra da empresa norte-americana Smithfield Foods Inc., considerada a maior produtora de carne suína do mundo, por 4,7 bilhões de dólares. A responsável pela compra foi a Shuanghui International Holdings Ltd. Esta foi a maior aquisição de uma empresa dos Estados Unidos já feita pela China. De acordo com informações do site China Daily, o chefe executivo da empresa, Larry Poe, chamou o negócio de "ótima transação".
"A parceria se trata de crescimento e de fazer mais negócios internos e no no exterior", afirmou Pope. A aquisição da Smithfield é o maior acordo internacional desde que a CNOOC (China National Offshore Oil Corporation), uma das maiores produtoras de petróleo da China, pagou 15,1 bilhões de dólares no ano passado pela produtora de óleo e gás canadense Nexen Ltd.
As duas empresas confirmaram que a fusão foi motivada pela crescente demanda por carne de porco na China e não é uma estratégia chinesa para exportar carne aos Estados Unidos.
Alguns analistas afirmam que a compra da Smithfield é apenas o primeiro passo e que abrirá caminho para muitos outros acordos estimulados pela ambição de Pequim em obter mais matérias primas e tecnologia para alimentar o crescimento econômico chinês.
O grande crescimento econômico da China nas últimas três décadas colocou o país no caminho para se tornar a maior economia do mundo em 2020. Mas esse crescimento é acompanhado de diversos problemas relacionados à segurança alimentar, além de problemas de saúde e poluição ambiental.
Erik Gordon, professor de direito da Unversidade de Michigan e da Ross School of Business, informou ao China Daily que qualquer desdobramento inesperado relacionado ao acordo, nos próximos cinco anos, poderá afetar o futuro de aquisições chinesas nos EUA.
Com uma renda anual de 13 bilhões de dólares e com instalações em 26 estados americanos, incluindo o maior abatedouro do mundo, na Carolina do Norte, a Smithfield também tem operações no México e em 10 países da Europa. A empresa conta com mais de 46 mil empregados. "Se funcionários americanos forem demitidos, ou se a Smithfield se recusar a divulgar informações que tradicionalmente divulga nos EUA, ou qualquer coisa suspeita acontecer, irá levantar desconfianças", afirma Gordon.
Com informações de China Daily e Reuters.
Tradução: Fernanda Bellei