Exportações totais de carne avançam 1% em 2015, mesmo com bom desempenho do frango e suíno

Publicado em 12/01/2016 08:04

As exportações brasileiras do complexo carne que incluem bovina, suína, frango e peru in natura e processada avançaram 1% no ano passado em comparação com 2014. Mesmo com o bom desempenho das proteínas suína e de frango, os embarques fracos no início do ano de carne bovina impediram um avanço maior dos embarques.

De acordo com dados divulgados pela Secex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no acumulado do ano foram exportados 6,4 milhões de toneladas, contra 6,3 milhões de t em 2014.

Na comparação em receita o desempenho foi ainda mais fraco. O saldo obtido no período chegou a US$ 14,7 milhões, 15,5% abaixo do registrado ano anterior (17,4 milhões de dólares). Esse resultado é reflexo na queda do preço médio em todas as categorias de carne in natura ou processada.

Exportações de carnes 2015 - Secex

Suíno

O destaque dos embarques neste ano ficou por conta da carne suína in natura que apresentou um crescimento de 10,5%, fechando 2015 com um total de 473 mil toneladas, contra 418 mil t em 2014.

O preço médio negociado foi de US$ 2.331 por tonelada, um recuo de 27,8% na comparação com o ano anterior que foi de US$ 3.456/t. Com isso, as receitas das vendas externas também fecharam com queda de 19,2% - mesmo com o crescimento de aproximadamente 10% em volume.

Em 2015 o faturamento fechou em pouco mais de US$ 1,1 milhão, ao passo que em 2014 o total chegou a US$ 1,4 milhão.

Carne Bovina

As exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada caíram 12% em 2015 ante o ano anterior. Enquanto que em 2014 foram vendidas 1,54 milhões de toneladas e a receita cambial chegou a 7,14 milhões de dólares, em 2015 os embarques totalizaram 1,361 milhão de toneladas e a receita foi de US$ 5,79 milhões (-19,5).

Entre os principais importadores do Brasil, as maiores quedas no volume de compras foram da Venezuela (-44%), Rússia (-43%), Hong Kong (-32%). Já os países que apresentaram crescimento expressivo nas suas importações foram o Irã (59%) e o Egito (18%).

Já para 2016 as expectativas são mais positivas. De acordo com a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) é previsto em crescimento tanto em receita, quanto em volume, considerando a reabertura e a conquista de novo mercados exportadores no ano passado.

Frango

Os embarques de carne de frango in natura também apresentaram bom desempenho em 2015. Com as vendas externas fortes e dando sustentação aos preços no mercado interno, o ano fechou com um total de 3,88 mil toneladas vendidas, 5,8% (3,64 milhões de t) a mais que no ano igualmente anterior.

No entanto, assim como ocorreu nas demais categorias de proteína animal, a receita com as exportações foi 9,6% menor na comparação com 2014. A receita cambial nos doze meses alcançou pouco mais de US$ 6,2 milhões, contra US$ 6,8 milhões do período anterior.

O preço médio dos negócios foi de US$ 1.602/t, 15,2% a menos que em 2014 quando o valor era de US$ 1.889 por tonelada.

Exportações de frango 2015 - Secex

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Tags:
Por:
Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Qualquer distorção nos preços é possivel de ser calculada. O problema é que as instituições governamentais não querem. É extremamente necessário para a mentira de que o funcionalismo público é fundamental para o setor economico, que fique um véu a encobrir a visão de todos. Mas quais seriam essas distorções? cito uma, a incongruência entre o aumento das exportações de carne suina, ao mesmo tempo que houve queda nos preços, e principalmente, a perspectiva nada desprezivel do balanço dos produtores entrar no negativo. O aumento de exportações promovidos pelo governo, fazem com que, sempre, os prejuizos sejam dos produtores ou dos consumidores.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, qualquer previsão vai levar o prejuízo a quem produz, pois o único que elo da cadeia que trabalha na realidade de "livre mercado". Ele é tomador de preço de todos os insumos para à produção e tomador de preços da sua produção. Ou seja, o produtor rural de qualquer commodity, sempre vai perguntar qual é o preço que o "mercado" vende os insumos e, perguntar ao "mercado" qual o preço que estão pagando por aquilo que ele produziu. Pode ser: soja, milho, boi, suíno, frango, ovos enfim, todos são preços que o "mercado" estipula.

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