Frango e suíno vivo dão continuidade ao movimento de alta da última semana e boi gordo segue sustentado

Publicado em 24/02/2016 08:19

Boi Gordo: Preços da arroba contam com suporte para as altas vindo da oferta ajustada

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

A oferta ainda é o principal fator responsável pelo aumento nos preços no mercado do boi gordo.

A frequência de negócios em valores maiores vem aumentando gradativamente em todo o país, o que levou a alta do preço de referência do boi gordo em quatro praças, das trinta e uma pesquisadas.

Mesmo com o recuo no consumo de carne nas últimas semanas, a dificuldade em adquirir lotes maiores leva a esse aumento nas ofertas de compra.

Em São Paulo, as programações de abate atendem em torno de três a quatro dias, mas existem casos de indústrias mais apertadas, as quais realizam alguns negócios em valores acima da referência.

Por outro lado, em Goiás, as indústrias iniciaram esta terça-feira testando o mercado, ofertando preços abaixo da referência na tentativa de recuperação das margens, já que houve desvalorização recente da carne. No entanto ainda não foram concretizados negócios nesses patamares de preços.

No mercado atacadista, o boi casado de animais castrados está cotado em R$9,70/kg.

Frango Vivo: Preços sobem em Minas Gerais nesta 3ª feira

Por Sandy Quintans

As cotações para o frango vivo registraram alta nesta terça-feira (23). Após iniciar a semana com preços estáveis, a referência em Minas Gerais voltou a subir R$ 0,05. Com isso, os negócios fecham o dia em R$ 2,85/kg e volta ser a praça com maior valor praticado. Já em São Paulo, a cotação segue em R$ 2,80/kg.

Segundo a Scot Consultoria, a valorização de preços na praça paulista foi de 5,7% em apenas sete dias. Na comparação com o mesmo período de 2015, a valorização é de 16,7%. A redução da oferta nas granjas foi o principal fator de altas para o mercado que estava registrando preços firmes desde o início de fevereiro.

O boletim do Cepea também aponta para queda dos animais nas granjas, que trouxe recuperação de preços em grande parte das praças de comercialização. “Os preços elevados da carne bovina no contexto de dificuldades macroeconômicas do País também fomentam a demanda pelas substitutas mais baratas, reforçando a fundamentação de alta do frango”, apontam.

Para os próximos dias, a tendência é de estabilidade de preços. O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, aponta que novas altas podem ser registradas, mas devem ser mais comedidas – visto que a segunda quinzena do mês é o período de menor consumo para as proteínas.

Suíno Vivo: Minas Gerais define referência em R$ 3,50/kg

Por Sandy Quintans

Nesta terça-feira (23), os preços para o suíno vivo tiveram novas alterações em algumas praças de comercialização. Em Minas Gerais, a bolsa de suínos do estado definiu negócios em R$ 3,50/kg. Apesar de ser um valor abaixo ao da semana anterior, a notícia é positiva, visto que a referência anterior era apenas simbólica.

De acordo com a ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), produtores sugeriram a cotação de R$ 3,60/kg, apostando no aumento da comercialização. Já frigoríficos apontam a dificuldade de repassar custos ao consumidor final.

Nesta semana, outras praças apresentaram aumento nas cotações, como São Paulo e Rio Grande do Sul. De acordo com dados da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), os negócios em São Paulo devem ocorrer entre R$ 65 a R$ 66/@ - o mesmo que R$ 3,47/kg a R$ 3,52/kg. Já na praça gaúcha, a pesquisa semanal divulgada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta para os preços médios de R$ 3,29/kg.

A retomada de preços está ligada a uma redução na oferta de animais. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores do Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que este foi o principal fator para a subida de R$ 0,25 na última semana no estado, que vinha sofrendo pressão de preços.

"Os suinocultores que vinham comercializando em um peso entre 105 a 115 quilos, quando viram que os preços começaram a cair semanalmente e os custos aumentando, começaram a ofertar animais mais leves para fazer um giro financeiro dentro da propriedade. Só que isso se intensificou tanto que sobrecarregou a oferta no mercado", explica Lorenzi.

Já a Scot Consultoria aponta que a tendência de preços para os próximos dias é de estabilidade. “Para o curto prazo, a expectativa é que o mercado se mantenha no mesmo patamar, porém reduções nos preços não estão descartadas, visto a apatia do consumidor final”, aponta.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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