Frango e suíno vivo têm semana de queda nas cotações; Boi gordo permanece estável

Publicado em 11/04/2016 08:34

Boi Gordo: Preços seguem firmes em mercado com poucos negócios

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

Sexta-feira típica de poucos negócios com o boi gordo. Os preços estão firmes.

Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve valorização em duas.

Gradativamente a oferta vem melhorando em algumas regiões, porém, não o suficiente para alterar os preços.

Em São Paulo, nas praças de Araçatuba e Barretos, a arroba do macho terminado está cotada, à vista, em R$157,50 e  R$155,50, respectivamente. Desde o início do ano os aumentos foram de 6,1% e 6,4%, na mesma ordem.

As indústrias paulistas estão com programações de abate de quatro dias, em média, entretanto, a ociosidade está elevada.

Esse fator possibilita que os estoques continuem enxutos, já que mesmo com o início do mês o escoamento da carne continuou baixo. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,83/kg, queda de 1,0% em uma semana.

Frango Vivo: Depois de semanas de estabilidade, preços recuam em Minas Gerais nesta 6ª feira

Por Sandy Quintans

Após algumas semanas de estabilidade, as cotações para o frango vivo registraram queda de preços sexta-feira (06). Em Minas Gerais, a referência de negócios cedeu R$ 0,05, de acordo com dados da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais). Com isso, a cotação é de R$ 2,90/kg no estado. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, esta foi a única baixa da semana.

Há semanas o mercado vem registrando preços firmes, mesmo com a necessidade de reajustes devido aos altos custos de produção. Porém, com a demanda enfraquecida no cenário doméstico nos últimos meses, os preços não conseguem reação. O boletim do Cepea aponta que as dificuldades econômicas têm afetado diretamente o consumo das proteínas.

“Apesar desse desempenho [das exportações], que ajuda a enxugar a oferta doméstica, os preços internos da carne de frango estão em queda nesta primeira semana de abril em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea”, apontam os pesquisadores.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins, explica que existe a dificuldade de repassar custos ao consumidor final. "Embora as outras proteínas estejam em preços mais elevados, nos não conseguimos repassar a alta nos custos em função da situação econômica que atravessa o país", explica Martins.

Já o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a expectativa neste início de mês era de retomada nas cotações, favorecido pelo período em que o consumo é maior – além de ter encerrado o período de quaresma. “Isso acabou não acontecendo reflexo do expressivo alojamento de pintos de corte durante o primeiro trimestre”, acrescentou.

O analista também aponta que o mercado necessita de reajustes, ainda puxada pela alta do milho, que afeta diretamente nos custos de produção. Apenas nesta semana, o indicador Cepea se aproximou dos R$ 50 pela saca de 60 quilos.

O Centro aponta apesar da colheita da safra de verão, há pouca disponibilidade no mercado, além de muitos negócios antecipados. “Com dificuldade de encontrar o cereal no mercado interno, principalmente grandes lotes, agentes ligados à produção de proteína animal já tem feito algumas importações de países vizinhos como Paraguai e Argentina”, aponta o Cepea.

Com isso, a Agroconsult projeta que as aquisições de milho da Argentina podem chegar a 700 mil toneladas, com a demanda de produtores de aves e suínos – o que poderia ser o maior volume de compras desde 2000.

Exportações

Por outro lado, as exportações seguem em alta, contribuindo para o enxugamento da oferta de animais no mercado. De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em março foi registrado o maior patamar mensal do ano. Para a carne de frango – considerando todos os produtos (in natura, salgados, embutidos e processados) – foram exportadas 403,4 mil toneladas em março, volume 15,6% superior ao mesmo período de 2015.

Já os dados de carne in natura, chegaram a 368,6 mil toneladas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com média diária de 16,8 mil toneladas, o resultado é superior em 10,5% em comparação aos dados de fevereiro. Já em relação a março de 2015, o crescimento é ainda maior, de 16,3%. Em receita, os dados apontam para US$ 510,8 milhões, com o valor por tonelada em US$ 1.385,6.

Suíno Vivo: Semana encerra com preços em queda na maior parte das regiões

Por Sandy Quintans

Nesta sexta-feira (08), as cotações para o suíno vivo encerram o dia estáveis nas principais praças de comercialização. Por outro lado, a semana foi marcada por baixas nas cotações na maioria das regiões – mesmo sendo o período de maior consumo pelo recebimento de salários.

A pesquisa semanal realizada pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior baixa registrada foi em Santa Catarina. Os negócios passaram de R$ 3,40/kg para R$ 3,00/kg – o que representa um recuo de 11,76% nos últimos sete dias.

Em São Paulo, as cotações cederam 4,41%, após semanas de preços estáveis na praça de comercialização. A bolsa de suínos do estado definiu negócios entre R$ 63 a R$ 65/@ - ou R$ 3,36 a 3,47/kg vivo. Na última semana, a referência estava entre R$ 66 e R$ 68/@, porém diversas vendas estavam sendo realizadas abaixo do valor de referência.

Em Mato Grosso, a semana também de saldo negativo. Na praça, os preços recuaram 2,50% na semana, com referência de negócios em R$ 2,73/kg, segundo o site da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso).

Em Minas Gerais, as cotações caíram 2,78%. A bolsa de suínos definiu cotação em R$ 3,50 pelo quilo do vivo para os próximos dias, um recuo de R$ 0,10. Na semana anterior, a bolsa de suínos havia definido preço em alta, apesar de não ter existido um acordo entre produtores e frigoríficos. O valor também vale para Goiás.

Já no Rio Grande do Sul, a semana foi de estabilidade nas cotações. De acordo com a pesquisa realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), os preços médios pagos aos produtores independentes seguem em R$ 3,29/kg. Para os integrados, a média de preços registrou redução e fechou em R$ 2,86/kg.

Por outro lado, os custos de produção no estado gaúcho continuam subindo. Ainda segundo a pesquisa semanal, o valor médio pago pela saca de milho de 60 quilos subiu para R$ 42,00 – na última semana estava em R$ 40 por saca.

Com isso, custos de produção continuam como preocupação para o setor, que seguem em alta devido a subida no valor do milho no mercado interno. Com a valorização do dólar frente ao real, as exportações de cereal tiveram crescimento considerável desde o último trimestre de 2015, além da escassez da oferta de milho.

Segundo o Cepea, a colheita da safra de verão tem seguido nas principais regiões, mas a disponibilidade é pequena, enquanto os negócios seguem aquecidos. “Com dificuldade de encontrar o cereal no mercado interno, principalmente grandes lotes, agentes ligados à produção de proteína animal já tem feito algumas importações de países vizinhos como Paraguai e Argentina”, aponta o Centro.

Além das altas nos custos de produção, o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que a demanda está retraída, mesmo com a primeira quinzena do mês – quando é maior o consumo – e avalia que no curto prazo novas quedas não estão descartadas. O Cepea também aponta que as altas temperaturas e as dificuldades econômicas têm inibido o consumo da proteína.

“Apesar de ser o período do mês (primeira quinzena) onde o apelo ao consumo tende a ser maior, devido à entrada da massa salarial, os preços não mostram sinais de recuperação”, avalia o analista, Allan Maia.

Exportações

Enquanto o consumo no mercado interno está retraídos, as exportações seguem em crescimento. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) explica que em março foi registrado o maior valor mensal de embarques de 2016. "O resultado mensal de março é um recorde histórico nos embarques de carne suína in natura. Diversos destinos vêm apresentando elevações nas compras. A Rússia, por exemplo, expandiu suas importações em 75 por cento", disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações da carne suína in natura para o mês de março chegou a 56,7 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. Há um acréscimo de 11,8% em comparação com dados de fevereiro, enquanto que o crescimento em relação a março de 2015 é ainda maior, de 85,1%.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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