Boi gordo e frango e suíno vivo iniciam movimento de recuperação nas cotações

Publicado em 19/05/2016 09:15

Boi Gordo: Já ocorrem negócios pontuais por R$ 2,00/R$ 3,00/@ acima da referência e mercado volta a firmeza

Por Alex Santos Lopes da Silva, zootecnista da Scot Consultoria

Mercado firme. 

Em algumas praças já não existe mais resquício da pressão de baixa. Aos poucos esse cenário vai tomando conta do mercado, de forma geral.

As compras por preços acima da referência começam a se tornar cada vez mais frequentes e ocorrem em praticamente todas as regiões. Negócios por R$2,00/@ e até R$3,00/@ acima têm sido registrados. São pontuais, mas demonstram que o “aspecto” do mercado é outro, diferente daquele de viés baixista visto no final de abril.

Em São Paulo os compradores que conseguem realizar negócios alinham suas ofertas de compra em, pelo menos, R$153,00/@, à vista. 

Mas, atenção às margens das indústrias. 

Ao mesmo tempo em que a oferta volta a encurtar e os preços da arroba sobem, a venda de carne não evolui e estreita ainda mais o resultado dos frigoríficos, que tem trabalhado desde fevereiro ao redor de cinco pontos percentuais abaixo da média histórica.

Isso certamente impõe um limite para as valorizações. 

Os preços da carne, embora não tenham sofrido alterações, no ritmo em que as vendas estão, podem ceder no curto prazo.

Frango vivo: Minas Gerais reverte a baixa e recupera patamar de R$ 2,55/kg

Por Larissa Albuquerque

O preço do frango vivo no mercado independente de Minas Gerais voltou a registrar valorização nesta quarta-feira (18). Após o recuo de R$ 0,05 no fechamento anterior, a cotação recuperou o patamar voltando a ser negociado a R$ 2,55/kg.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a recuperação das cotações é decorrente dos estados produtores da Região Sul terem deixado de disponibilizar seus excedentes de oferta em algumas praças.

Assim, o analista considera possíveis, no curto prazo, avanços nas cotações do frango vivo com exceção dos estados das regiões Sul e Norte/Nordeste, onde as cotações devem seguir pressionadas pelo maior quadro de oferta.

Em São Paulo, o valor de comercialização do animal vivo está em R$ 2,50/kg, seguida do Rio Grande do Sul que registra R$ 2,45/kg e de Paraná e Santa Catarina, que tem o menor valor, R$ 2,46/kg, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.

Ainda que as cotações venham exibindo recuperação nas últimas semanas, com valores até 15% superiores à média de maio de 2015, o setor vê suas margens se estreitando.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a relação de troca do avicultor frente ao milho é a pior observada para esse ano. Atualmente, em São Paulo, é possível comprar 2,98 quilos de milho grão com o valor de um quilo de frango.

O farelo de soja – que no semestre novembro/15 a abril/16, apresentou redução de preço de quase 25%, voltou a subir alcançado cotação mais de 23% superior à de um ano atrás (de R$ 995,00/t para R$ 1.230,00/t).

Suíno Vivo: Mercado fecha estável nesta 5ª feira

Por Larissa Albuquerque

As cotações do suíno vivo fecharam estáveis nesta quinta-feira (18), após valorização em três praças nesta semana.

Na terça-feira (17) a Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG) registrou um aumento de R$0,25 Kg/vivo, fechando em R$ 3,50 Kg/vivo a bolsa mineira – aumento relativo ao preço de R$ 3,25/kg acordado no Estado na semana anterior.

Na segunda (16) foi a vez de São Paulo e Rio Grande do Sul sinalizarem melhora. No mercado gaúcho, a bolsa de suínos indicou alta de R$ 0,20 na referência, passando de 3,10/kg para R$ 3,30/kg. Enquanto que a cotação agroindustrial média do suíno ficou em R$ 2,78/kg, segundo informações a ACRURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).

Em São Paulo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) informou alta de R$ 0,32 no quilo do animal vivo. Assim, os negócios no estado saíram de R$ 3,15/kg para R$ 3,47/kg neste início de semana.

Apesar da melhor relativa nas cotações, as altas significativas na saca do milho têm deixado os suinocultores de todo o país em situação dramática.

Em São Paulo, a relação de troca arroba suína/milho alcançou um dos piores patamares da história. De acordo com levantamento da APCS atualmente é possível comprar com uma arroba suína apenas 1,4 sacas de milho, enquanto que tradicionalmente a relação era de 2,4 scs/@.

Setor se reúne com Ministro da Agricultura

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) esteve presente em reunião realizada na terça-feira (17) com o novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O encontro teve como objetivo apresentar as demandas do setor e discutir soluções para os principais entraves, tais como a isenção de PIS/COFINS para importação de milho, a prorrogação dos custeios pecuários para suinocultores, a renegociação das operações de crédito rural, o aumento do limite de venda de milho balcão, e a criação de uma linha especifica para retenção de matrizes suínas.

Desde o final de 2015 a suinocultura vem enfrentando dificuldades devido ao alto custo de produção, ocasionado pelo preço do milho. O grão é o principal insumo utilizado na alimentação dos animais. Em apoio ao setor, a ABCS vem defendendo a adoção de políticas públicas que auxiliem os produtores não só na atual crise, mas que também funcionem de forma preventiva e contínua para as oscilações que são naturais neste mercado.

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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