Boi gordo e suíno vivo estão em alta com enxugamento da oferta e melhora na demanda

Publicado em 01/06/2016 08:02

Boi Gordo: Com menor oferta de animais o mercado volta a sofrer pressão de alta e em SP os preços subiram

Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria

Pressão altista no mercado do boi gordo.

A menor oferta de animais terminados, devido ao período de entressafra, tem contribuído para este cenário. O preço da carne não evolui, a diferença entre receita total e preço de matéria prima das indústrias segue estreita, mas isso não tem impedido o movimento de alta.

Nas praças de Araçatuba-SP e Barretos-SP, a arroba do macho terminado subiu e está cotada em R$155,00 e a R$154,00, à vista respectivamente. 

As programações de abate dos frigoríficos paulistas atendem em torno de quatro dias.

Negócios acima da referência estão cada vez mais frequentes e já ocorreram por até R$158,00/@ à vista no estado. Aliás, em todo país esse comportamento tem ocorrido.

As margens de comercialização das indústrias frigoríficas se estreitaram ainda mais. As margens dos Equivalentes Scot Carcaça e Scot Desossa estão em 4,3% e 12,8%, respectivamente. Queda de 0,3 ponto percentual para ambos, frente à semana anterior.

Suíno Vivo: Após altas, SP e MG também sobem a referência

Por Larissa Albuquerque

As cotações do suíno vivo no mercado independente registraram alta em São Paulo e Minas Gerais nesta terça-feira (31), seguindo a tendência do Paraná e Rio Grande do Sul.

A bolsa de suínos paulista divulgou novo preço entre R$ R$ 75,00 a R$ 77,00/@, equivalente a R$ 4,00 a R$ 4,10/kg para a semana, conforme informou a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos.

Em Minas Gerais, a referência saiu de R$ 3,90/kg para R$ 4,00/kg segundo dados da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado).

Na segunda foi à vez do Paraná e Rio Grande do Sul assinalarem alta. A pesquisa semanal da ACSURS (Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) apontou aumento de R$ 0,12 no preço pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor independente no ficando em R$ 3,56/kg.

No Paraná o avanço foi de R$ 0,29 no quilo do animal vivo, conforme indicou a APS (Associação Paranaense de Suínos). Assim, a referência semanal saiu de R$ 2,83/kg para R$ 3,12/kg.

De acordo com o alerta de mercado do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) as altas recentes melhoraram o poder de compra do suinocultor frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja).

Para a Scot Consultoria, o incremento da demanda no início do próximo mês e a entrada do frio podem promover novas valorizações do animal vivo e da carne no atacado.

A carcaça especial está cotada, em média, em R$5,60/kg, aumento de 1,8% no período. Desde o início do mês, a carcaça subiu 21,7%.

Frango Vivo: Cotações podem voltar a subir na primeira quinzena de junho

Por Larissa Albuquerque

O mercado independente de frango vivo trabalhou praticamente estável durante o mês de maio. Mas, apesar da estabilidade, analistas estão confiantes para o início do próximo mês.

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado "a perspectiva é por reajustes dos preços do frango vivo ao longo da primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo", considera.

Em São Paulo, o valor de comercialização do animal vivo está em R$ 2,50/kg há mais de 25 dias, seguida do Rio Grande do Sul que registra R$ 2,45/kg e de Paraná e Santa Catarina - que tem o menor valor - R$ 2,40/kg, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.

Em Minas Gerais, a referência também é de R$ 2,50/kg chegando a R$ 2,60/kg em seu pico no mês. Apesar das valorizações pontuais a tendência é de que a praça encerre maio estável com os mesmo R$ 2,50 praticados na primeira semana.

Segundo essa tendência, no atacado os valores já carne já começaram a exibir recuperação. O levantamento da Scot Consultoria apontou que os compradores estão se abastecendo para o inicio de mês.

A carcaça está cotada, em média, em R$3,55/kg, alta de 2,9% em sete dias. Na comparação anual, os preços na granja e no atacado estão 16,3% e 8,6% maiores, respectivamente.

Custos

Enquanto os valores de todos os elos da cadeia estão com dificuldade para se recuperar, os preços dos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) seguem em fortes altas, agravando a situação econômica do setor.

Segundo Cepea, "colaboradores afirmam que alguns avicultores já teriam desistido da atividade e que parte das indústrias alega diminuição nas margens", destaca.

De acordo com levantamento do Notícias Agrícolas, ao menos quatro agroindústrias já anunciaram redução na capacidade de abate, férias coletivas ou encerramento total das atividades.

Já o ICPFrango/Embrapa alcançou os 221,54 pontos em março. A alta foi puxada pelos gastos crescentes com nutrição (3,84%), transporte (0,05%) e instalações e equipamentos (0,03%). Nos quatro primeiros meses deste ano, o índice acumula 10,35% e chegam a 24,70% nos últimos 12 meses.

De acordo com a diretora executiva da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) Marília Marta Ferreira, a orientação dos representantes de classe é para que os avicultores reduzam o alojamento de pintos em todo o país para equilibrar o mercado.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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