Referência para arroba sobe R$ 2,00 em SP, enquanto outras carnes sofrem com a demanda fraca

Publicado em 03/10/2016 08:28

Boi Gordo: Com oferta restrita o mercado está em alta e em SP a referência subiu para R$ 152,00/@

Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria

Mercado do boi gordo em alta nesta sexta-feira.

Em Araçatuba-SP e Barretos-SP, a arroba do macho terminado teve valorização e está cotada em R$152,00, à vista, em ambas as regiões.

Além das praças paulistas, foram observadas altas em mais oito, considerando o macho pronto para o abate, o que indica firmeza no mercado.

A oferta segue restrita e isto tem feito com que os frigoríficos paguem mais pela arroba, a fim de avançarem suas programações de abate, que em geral estão apertadas.

Existem casos de indústrias de menor porte ofertando preços acima da referência vigente.

Em Santa Catarina, há uma grande amplitude nos preços ofertados pelos frigoríficos para o boi e a vaca gorda. Foram registrados aumentos bruscos de preço nesta semana.

No geral, para os próximos dias, o viés altista do mercado deve se manter, devido à menor disponibilidade de boiadas.

Suíno Vivo: Semana encerra com valorização no Paraná e Santa Catarina

Por Larissa Albuquerque

As cotações do suíno vivo no mercado independente fecharam a semana registrando valorização em apenas duas praças, Santa Catarina e Paraná, ao passo que as demais mantiveram o valor de referência.

De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, “diferentemente do que vinha ocorrendo ao longo do ano, os preços tiveram queda mesmo durante a primeira quinzena. Na segunda metade do mês as oscilações foram menores."

Na média mensal houve queda nas cotações do quilo vivo. O levantamento da Consultoria apontou que o preço pago ao produtor caiu 0,95% no Brasil, de R$ 3,56 para R$ 3,53/kg na média.

Preços

O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior valorização ocorreu em Santa Catarina, com alta de 2,63%. A bolsa de suínos definiu negócios em R$ 3,90/kg nesta semana, com acréscimo de R$ 0,10 em relação à última referência.

No Paraná a valorização foi de 0,52%, saindo de R$ 3,85 para R$ 3,87 o quilo do animal vivo no estado.

Já em São Paulo, a bolsa de suínos manteve a referência de preços entre R$ 77 a R$ 79/@ – equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg –, que já representava alta na última semana. No Rio Grande do Sul, o cenário também é de manutenção em R$ 3,92/kg, segundo pesquisa divulgada pela ACSURS (Associação Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).

No atacado, de acordo com levantamento de Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços da carne estão em queda na Grande São Paulo devido à fraca demanda. Entre 21 e 28 de setembro, a carcaça especial suína se desvalorizou 2,8%, fechando a R$ 6,05/kg. Já os valores da carcaça comum se mantiveram estáveis no período, com o produto cotado a R$ 5,79/kg.

E esse cenário de dificuldade na evolução das cotações já traz reflexo a cadeia produtiva. "Há um acumulo de prejuízo muito forte dentro de nossa atividade, um abandono de muitos produtores, em especial os independentes, que estão saindo da atividade por não enxergarem um universo promissor e isso preocupa demais o setor, principalmente em Santa Catarina que é um Estado diferenciado de sanidade, que tem uma mão de obra inigualável, e que cada vez mais está difícil fazer um sucessor dentro da propriedade rural, por essas questões da crise e falta de atenção de nossos políticos quando se trata do meio rural”, desabafa o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio Luiz de Lorenzi.

Para o analista da Safras, os custo de produção devem permanecer elevados, e ainda ameaça os pequenos produtores. “Infelizmente esse cenário não deve mudar no curto prazo, embora os reajustes nos preços sejam fundamentais para a recuperação das margens operacionais”, acrescenta.

Exportações

Nos embarques de carne suína in natura, o cenário é positivo tanto em relação a 2015 quanto ao mês anterior, Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados nesta segunda-feira apontam que até a quarta semana de setembro – totalizando 16 dias úteis –, as exportações chegam a 46,9 mil toneladas.

Com média diária de 2,9 mil toneladas, há um crescimento de 17,1% na comparação com o volume por dia em agosto, enquanto que em relação a setembro do ano passado o acréscimo é de 36,2%. Em receita, os dados apontam para US$ 110,4 milhões, com valor por tonelada em US$  2.354,6.

Para Maia, “os embarques totais de carne suína devem ficar próximos de 65 mil toneladas, o que mantém a expectativa de embarques recordes neste ano."

Frango vivo: Mercado encerra setembro sem modificações nos preços

Por Larissa Albuquerque

Os preços do frango vivo no mercado independente enceraram setembro sem modificações frustrando a expectativa de recuperação nas margens, prejudicada pela alta dos custos de produção.

Em São Paulo o preço médio negociado ficou em R$ 3,10/kg, porém há relatos de negócios abaixo da referência. Já em Minas Gerais o valor de referência permanece em R$ 3,30/kg, segundo o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.

Para o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, "não houve resposta em termos de preço devido ao desajuste na produção, que permanece em patamares bem elevados. Para os meses de outubro a dezembro, tudo indica que poderá ocorrer um movimento de alta nos preços no mercado interno, mas para isso é preciso estabelecer um maior ajuste das ofertas”, ressalta.

Em contrapartida, no mercado atacadista a cotação chegou a fim de setembro nos níveis nominais mais altos já registrados pelo Cepea, em série iniciada em 2004. A carcaça resfriada e a congelada registram média de R$ 4,56/kg neste mês.

"A queda na produção, associada a um aquecimento recente nas exportações, já vinham reduzindo a disponibilidade interna da carne, elevando as cotações. Em setembro, o impulso veio ainda do aumento nos preços da carne bovina”, informou o Centro em nota.

Dessa forma, a relação de troca entre a proteína bovina e a de frango está em 2,1, ou seja, com o preço de um quilo de boi casado no atacado, é possível adquirir 2,1 quilos de carcaça de frango. Em agosto esta relação era de 1,9 segundo relatório da Scot Consultoria.

Importação de milho

NA quarta-feira (28) a Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou a redução8% para zero por cento da tarifa de importação de milho de terceiros países (fora do Mercosul).

Segundo o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro e Silva, as decisões da Camex visam a garantir o abastecimento do produto no mercado interno.

Exportações

Nos embarques de carne de frango in natura, os números são positivos para o mês de setembro, segundo dados parciais divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 16 dias úteis, as exportações chegaram a 273,9 mil toneladas, com média diária de 17,1 mil toneladas.

Na comparação com o volume por dia registrado em agosto houve o acréscimo de 19,7%, enquanto que em relação a setembro de 2016 os embarques registraram o crescimento de 7,9%. Em receita, os dados apontam para US$ 446,8 milhões, com valor por tonelada em US$ 1.630,9.

“Para o último trimestre do ano, a tendência é de continuidade de um bom movimento das exportações”, afirma Iglesias.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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