Acompanhados outras carnes, boi gordo também sente a pressão da demanda e volta a recuar

Publicado em 26/10/2016 07:16

Boi Gordo: Leve melhora na oferta de animais e consumo lento da carne permitiu a desvalorização da arroba em SP

Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria

A oferta de boiadas, principalmente de animais confinados, teve uma leve melhora e permitiu o alongamento das programações de abate de boa parte dos frigoríficos. Vale lembrar que parte das indústrias está com uma ociosidade elevada.

Com as escalas de abate mais alongadas, têm se tornado mais comuns as tentativas de compra em preços menores. 

Esse movimento ocasionou ajustes negativos em cinco praças. Em São Paulo, por exemplo, a arroba do boi gordo teve desvalorização e está cotada em R$151,00, à vista, tanto em Barretos-SP como em Araçatuba-SP.

Porém, as desvalorizações observadas no mercado do boi gordo fazem com que ocorra uma retração no volume de negócios concretizados.

Há ainda regiões onde a oferta de animais terminados está restrita e, mesmo com o baixo consumo de carne bovina no mercado, houve valorização da arroba do boi gordo.

No mercado atacadista de carne com osso os preços estão estáveis. Apesar do lento escoamento da carne no mercado, a alta ociosidade das indústrias colabora com os estoques enxutos.

Suíno vivo: Minas Gerais defini manutenção de preço, após SC, RS, SP e PR

Por Larissa Albuquerque

Após os mercados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná definirem preços estáveis nessa semana, hoje (25) foi a vez de Minas Gerais optar pela estabilidade.

A bolsa de suínos do estado, Mercominas, acordou a manutenção do valor do quilo do suíno vivo em R$ 4,20 o quilo do animal vivo.

Em diversas praças a dificuldade de evolução nas cotações se dá pelo lento escoamento da carne suína no mercado interno. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, “os negócios tiveram pouca movimentação nos últimos dias. A perspectiva é de que os preços fiquem acomodados no curto prazo”, afirma.

Do mesmo modo, a praça paulista tem sua quarta semana de estabilidade, com os negócios ocorrendo entre R$ 77 a R$ 79 pela arroba suína – valor equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21 pelo quilo do vivo. No Rio Grande do Sul a pesquisa semanal de preços da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado) manteve em R$ 3,92/kg como referência para os negócios.

Em Santa Catarina o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, informou em boletim eletrônico que o mercado enfrenta um momento de extrema dificuldade, em que os problemas econômicos estão afetando o consumo pelas proteínas.

No estado a cotação permanece em R$ 3,90/kg há semanas. "Há a possibilidade de uma saída em massa da atividade porque não conseguimos ter margem de lucro para cobrir os custos. Santa Catarina corre o risco de perder suinocultores que produzem carne suína de excelência”, lamenta Losivânio.

Frango Vivo: Demanda patinando impede valorizações no mercado independente

Por Larissa Albuquerque

O mercado independente de frango vivo encerrou mais um dia com preços estáveis. De acordo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, mais uma vez o ritmo de “negócios ficaram aquém do esperado, muito em parte pelo feriado da última quarta-feira, que acabou quebrando o ritmo de comercialização”.

Desde a segundo quinzena de agosto as cotações de frango vivo no mercado independente não registram alterações nas principais praças de comercialização. Em São Paulo o preço médio negociado está em R$ 3,10/kg, enquanto Minas Gerais é cotado a R$ 3,30/kg.

Com a dificuldade de escoamento da produção no mercado interno “os frigoríficos administram suas aquisições para não acumularem estoque”, explica analistas da Scot Consultoria.

No mercado atacadista a carcaça do frango saiu de R$ 4,80/kg para R$ 4,40/kg, uma queda de 8,3% em uma semana. No curto prazo não estão descartadas novas quedas nos preços, porém vale ressaltar, que a "carne de frango acumula alta de 9,2% em um ano, puxada pela demanda interna mais aquecida pelo produto, em função da maior competitividade frente às demais proteínas", destaca Scot.

No mercado externo o desempenho das exportações em outubro também está abaixo das expectativas. Na parcial do mês [considerando 14 dos 20 dias úteis] a média diária está em 13,6 mil toneladas, ao passo que os embarques de carne de frango 'in natura' de janeiro a setembro alcançaram uma média de 16 mil toneladas.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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