Consumo não melhora e cotação das carnes segue pressionada

Publicado em 04/11/2016 07:24

Boi Gordo: Consumo não melhora e preços da arroba seguem pressionados

Por Scot Consultoria

A proximidade do pagamento de décimos terceiros salários e o começo de mês não deram o fôlego esperado para o mercado do boi gordo.

Diante disso, em pleno período de sazonal alta nos preços, o cenário na maioria das praças, por enquanto, é de estabilidade a ligeira pressão de baixa, sendo que em algumas regiões o movimento baixista foi efetivo e reduziu as referências.

A isso é preciso agregar o efeito do feriado no meio da semana, que normalmente enxuga a oferta de boiadas, dificultando a compra dos frigoríficos, além da margem das indústrias acima da média histórica, indicando que existe poder de compra, caso haja necessidade de intensificar a obtenção de matéria-prima.

E isso só acontece se houver aumento de demanda.

Em São Paulo, a heterogeneidade das escalas, que variam de 2 a 20 dias, indica que as indústrias têm buscado alternativas de compra que variam de mercado a termo, compra em outros estados, boiadas de parceiros e boiadas próprias. Os compradores que atuam somente no estado, realizando compra no mercado spot, têm as menores programações de abate.

A menor oferta de boiadas de cocho este ano, em todo o país, ajuda a dar sustentação ao mercado, ajustando um pouco mais a disponibilidade de animais terminados à demanda existente.

Suíno Vivo: MT registra preços estáveis nesta 5ª feira, após recuo em RS e alta no PR

Por Sandy Quintans

As cotações para o suíno vivo fecharam a quinta-feira (03) com estabilidade nas principais praças de comercialização. Na semana, foi registrado recuo de preços no Rio Grande do Sul, enquanto que Paraná teve valorização na média estadual. Nas demais regiões, o cenário é de manutenção de preços para os próximos dias.

Diante desta tendência, as cotações em Mato Grosso também fecharam a semana com preços estáveis. Segundo informações da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso), a referência de negócios é de R$ 3,25 pelo quilo do vivo.

A Scot Consultoria explica que em São Paulo as cotações estão estáveis entre R$ 77,00 a R$ 79,00/@ há 30 dias. "Mesmo estando no início do mês, as vendas não apresentaram melhora e os compradores seguem fazendo suas aquisições de forma limitada para não acumular estoques", aponta o boletim. 

Já o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a demanda retraída foi o principal fator que contribuiu pra esse cenário, dificultando o repasse de preços ao consumidor final. “Por outro lado, os frigoríficos buscaram controlar seus estoques, adotando uma estratégia de menor procura por suínos vivos, o que contribuiu para reajustes no atacado”, destaca.

O analista de mercado, Fabiano Coser, também aponta que o desempenho das exportações ficou abaixo do esperado em outubro, o que deve dificultar ainda mais a situação aos suinocultores. “O cenário de redução dos embarques internacionais de todas as carnes aliado à crise e ao desemprego dificulta a retomada dos preços pagos aos produtores”, explica.

Em outubro, as exportações de carne suína in natura atingiram 53,3 mil toneladas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MIDIC) na terça-feira. Com isso, houve o recuo de 11,3% em relação a setembro, e alta de 27,1% no mesmo período de 2015.

Frango Vivo: Mercado registra mais um dia de estabilidade nesta 5ª feira, mesmo com a virada do mês

Por Sandy Quintans

Nesta quinta-feira (03), as cotações para o frango vivo registraram um novo dia de estabilidade. O mercado enfrenta preços estagnados desde final de agosto, em que São Paulo mantém referência em R$ 3,10/kg e Minas Gerais a R$ 3,30/kg.

Por outro lado, o poder de compra dos avicultores paulista melhorou com as recentes baixas do milho, segundo aponta a Scot Consultoria. “Atualmente, em Campinas (SP), é possível comprar 4,65 quilos de milho com valor de um quilo de frango, uma melhora de 6,0% no poder de compra do avicultor nos últimos sete dias”, aponta o boletim.

Já no atacado, o cenário é de retração. Na última semana, houve recuo de preços, que passou de R$ 4,50/kg para R$ 4,25/kg. “Para o curto prazo, a entrada do novo mês pode melhorar a movimentação no mercado”, explica a consultoria.

Segundo informações do analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho do mercado de frango ficou abaixo das expectativas em outubro. “O consumo até foi bom, mas a percepção é que a oferta também foi ampliada, impossibilitando as tentativas de reajustes mais expressivos nas cotações”, afirma.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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