Ásia pode ser um bom mercado para a carne de Mato Grosso

Publicado em 05/05/2010 16:49

O crescimento do consumo mundial de carnes, puxado principalmente pelos países asiáticos, abre espaços para a inserção mais forte dos produtos brasileiros nos grandes mercados consumidores, gerando novas oportunidades de negócios no país.

Segundo o especialista em Finanças Internacionais e apresentador do programa Manhattan Connection (GNT/Globaosat), Ricardo Amorim, a demanda mundial por carnes terá um crescimento sem precedentes nos próximos 10 anos, deixando em aberto a possibilidade de expansão de alguns setores. “A grande oportunidade não está em carnes bovinas, mas em frangos e suínos”, lembrou Amorim, que veio a Cuiabá para participar do 6º Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec) e proferir palestra sobre a “Visão macroeconômica na agropecuária”.

Ele disse que o Brasil deve aproveitar as oportunidades no mercado de carnes, lembrando que o desafio é lidar com as dificuldades fora da porteira. “O produtor é muito eficiente da porteira para dentro, mas na hora de comercializar a produção ele não tem o conhecimento necessário e o domínio do mercado. Ele precisa desenvolver ferramentas de gerenciamento que os coloque em uma posição mais privilegiada no momento de vender seu produto”.

Amorim destacou o crescimento da Ásia, apontando que esse mercado – representado pela China, Índia, Japão, Coréia, Indonésia, Filipinas, Malásia e Taiwan - é responsável hoje por 65% do consumo mundial de carnes. “Olhando para a Ásia, vemos que lá é que está o grande mercado consumidor mundial”.
De acordo com o economista Guilherme Bellotti de Melo, analista do Banco Rabobank, a demanda de carnes e aves será maior, “mas o mercado de bovinos também se colocará como grande opção para o mercado brasileiro. Isso quer dizer que o produtor necessita ser cada vez mais eficiente para ser competitivo da porteira para dentro, com custos de produção mais baixos”.

Segundo ele, o acesso à extensão tecnológica e mecanismos de comercialização são essenciais para que Mato Grosso – detentor do maior rebanho bovino comercial do país – continue crescendo neste segmento.
Na sua palestra durante a Enipec, o especialista Ricardo Amorim destacou a necessidade de os produtores se “juntarem em cooperativas” como forma de enfrentar a concorrência mundial. Afirmou que Mato Grosso é um dos “beneficiados do processo por ser um grande celeiro de alimentos”.

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Diário de Cuiabá

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