Argentina "desperdiça" cota preferencial de carne da UE
O problema é atribuído à nova forma de distribuição da cota Hilton entre os frigoríficos exportadores, que o governo argentino mudou no ano passado e gerou questionamentos dos produtores. Desde então, os envios foram liberados a conta-gotas pelo Escritório Nacional de Controle Comercial Agropecuário (Oncca). Só em abril, a três meses do fim do período, foi feita a distribuição final. Também pesou a política oficial de fechar temporariamente as exportações de carne, em vários momentos, a fim de aumentar a oferta no mercado doméstico.
A última vez que a Argentina enfrentou problemas para cumprir com as exportações de toda a cota Hilton foi em 2007/08. Naquela ocasião, em meio à crise gerada pela tentativa de aumentar as retenções (impostos) às exportações agrícolas, os produtores não conseguiram furar o bloqueio imposto por piqueteiros em estradas e portos. O desafio para o novo período que começa hoje é chegar às 28 mil toneladas permitidas em um contexto de diminuição acentuada da produção interna.