Projeções climáticas para a Argentina seguem preocupantes, diz Bolsa de Rosario

Publicado em 15/02/2018 10:22

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As projeções climáticas para o agronegócio argentino seguem preocupando, já que as temperaturas máximas, acima dos registros estatísticos, devem voltar a aparecer nos próximos dias, segundo previsões do Guia Estratégico para o Agronegócio (GEA), difundido hoje pela Bolsa de Comércio de Rosario (BCR).

"No curto prazo, se destaca o aumento das temperaturas máximas, as quais voltam a se impor de forma generalizada com registros que tenderão a ficar acima dos valores estatísticos", disse a agência Telám, com base no boletim da BCR.

"Quanto às chuvas, o cenário segue sendo ruim", expressou o boletim, que também apontou que "é possível que, durante a sexta-feira, apareçam chuvas menores em Córdoba e La Pampa".

A possibilidade de que essas chuvas se movam para o leste não está fora da trajetória da perturbação que provocará o aumento da instabilidade, mas não são esperados eventos que possam ser considerados benéficos em termos de volume.

O boletim também considerou que o mês de fevereiro, até o momento, segue mercado por uma escassez prejudicial de chuvas, mantendo a alternância de períodos quentes e estáveis, com outros mais instáveis, os quais estão longe de serem generosos na oferta de água.

Situação complicada para a soja

O GEA também informa que, há mais de dez dias, a soja de primeira etapa da região dos Pampas segue adentrando no período de plena frutificação e formação de grãos, o mais crítico, sem chuvas. Depois de passar por uma das semanas mais quentes do verão, com temperaturas acima dos 36°C, era necessário que as chuvas fossem generalizadas, acima dos 30mm, na porção central da região.

Na última semana, apenas 12% das áreas da Zona Núcleo recebeu chuvas acima dos 30mm. Os sinais de estresse hídrico são generalizados em 65% da soja e 27% dos cultivos estão em condições regulares, enquanto os lotes bons estão em 38%. Há zonas que já estão definindo seu rendimento e se estima perdas por volta de 1000kg por hectare.

O climatologista José Luis Aiello, da Consultoria de Climatologia Aplicada (CCA), destacou que "fevereiro seguirá sendo resistene a chuvas de envergadura" e que este fator "está definindo um cenário que traz uma complicação definitiva para a reta final da campanha".

A próxima sexta-feira trará novas instabilidades. O oeste de Córdoba e La Pampa são as áreas que se apresentarão mais instáveis diante da chegada de uma nova frente fria. Contudo, as chuvas deverão ser, em geral, muito modestas.

Com informações do Infocampo.com.ar e da Bolsa de Comércio de Rosario

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Por:
Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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