Tempo: Atualização do NOAA mostra volumes mais baixos e chuvas menos abrangentes no Sul e BR central no final do mês

Publicado em 16/09/2019 10:45
Chuvas até retornam ao Brasil central, mas volumes diminuíram bastante na nova rodada de previsão; regularização das precipitações ainda está longe, diz Climatempo

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O mapa de previsão estendida do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) aponta a tendência de retorno das chuvas em áreas centrais do Brasil a partir da penúltima semana do mês de setembro, o que poderia aliviar áreas com vistas para o plantio. No entanto, os volumes apontados agora diminuíram.

Na semana passada, as chuvas previstas pelo modelo norte-americano eram mais volumosas do que as desta segunda (16). Áreas do Paraná poderiam receber até 100 milímetros a partir do dia 20, assim como pontos do Sudeste e de Mato Grosso do Sul, mas isso não aparece na nova rodada.

"Esses sinais [de retorno das chuvas] apontam uma melhor condição do que estávamos registrando antes. Ele já apresenta uma melhoria, mas ainda indica que deve ser um outubro com chuvas irregulares", diz Francisco de Assis Diniz, chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Veja mais:
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Veja o mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 16 de setembro até 02 de outubro:

Mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 16 de setembro até 02 de outubro - Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA
Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA

Essa condição mais chuvosa é apontada pelo modelo norte-americano como uma tendência, ou seja, ainda pode sofrer mudanças. E, se ocorrerem, os volumes serão baixos. No período de 24 a 02 de outubro, os acumulados em áreas do Brasil central ficam entre 2,5 e 20 milímetros. O que é baixo para áreas com até quatro meses de estiagem.

De acordo com o novo mapa de previsão de precipitação do NOAA, no período de 16 a 24 de setembro, as chuvas seguirão escassas sobre áreas centrais do país. Os maiores volumes no período acontecem sobre pontos das regiões Norte e Sul, com acumulados de até três dígitos, além de partes do Sudeste e litoral Nordestino.

De 24 de setembro a 02 de outubro é que o cenário muda, com a possibilidade de retorno das chuvas  para áreas centrais, com acumulados de até 20 mm no período de nove dias. A condição ameniza a preocupação dos produtores de soja nessas áreas com vistas ao plantio, mas é pouca chuva para áreas com até quatro meses sem chover.

A Climatempo também destaca que a regularidade das chuvas ainda está longe de acontecer no país. De acordo com a meteorologista da Climatempo, Graziella Gonçalves, a Primavera, que começa em 23 de setembro, deve ser iniciada com um atraso no período úmido para o todo o Brasil, apesar do fenômeno El Niño ter se desconfigurado e a estação ser marcada pela neutralidade climática.

Ainda de acordo com a empresa meteorológica, durante o mês de outubro as chuvas mais significativas ficam concentradas sobre a região Sul do país. Dificilmente alguma frente fria consegue ter uma boa amplitude, atingindo a costa da Bahia, por exemplo, por isso a umidade não se espalha tão bem por grande parte das demais regiões.

Os estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais já estão liberados para iniciar o plantio da soja, com o término do vazio sanitário. No entanto, sojicultores pelo país aguardam pelo período de regularização das precipitações para iniciar de fato a semeadura.

Veja o mapa de precipitação acumulada dos últimos 5 dias em todo o Brasil:

Mapa de precipitação acumulada dos últimos 5 dias em todo o Brasil - Fonte: Inmet
Fonte: Inmet

Áreas centrais do Brasil estão sem chuvas há vários dias, de acordo com levantamento do Notícias Agrícolas feito com base nos dados do Inmet. Na capital Cuiabá (MT), a última chuva acima de 10 mm foi em 06 de maio, há mais de quatro meses. Em Campo Grande (MS), a chuva volumosa aconteceu pela última vez em 04 de julho. Goiânia (GO) teve chuva volumosa pela última vez em 17 de maio.

Em Palmas (TO), a última precipitação volumosa foi em 24 de maio. Em áreas da região Sudeste, como em Belo Horizonte (MG), as chuvas também estão escassas. Na capital mineira, o último registro de precipitação acima de 10 mm foi no dia 15 de maio. Produtores de café do estado, que é o maior produtor do grão no Brasil, estão preocupados com a estiagem diante das floradas.

O mapa de precipitação acumulada do Inmet dos últimos cinco dias mostra que as regiões Norte, Sul e que pontos do Nordeste tiveram os maiores acumulados de chuva no período. Em contrapartida, a maior parte do país, com destaque para áreas centrais, tiveram volumes zerados ou muitom próximo disso porque pancadas aconteceram.

Trigo em Constantina (RS). Envio de Oberti Dal Alba
Trigo em Constantina (RS). Envio de Oberti Dal Alba

Condição Ideal plantio Milho em Sananduva (RS). Envio de Alexandre Maitto,
Condição Ideal plantio Milho em Sananduva (RS). Envio de Alexandre Maitto,

Girassol no município de Itápolis (SP). Envio produtores Moacir e Maurício Bonfante
Girassol no município de Itápolis (SP). Envio produtores Moacir e Maurício Bonfante

Produtores lutando para apagar o fogo em Natividade (TO). Envio de Flávia Germendorff
Produtores lutando para apagar o fogo em Natividade (TO). Envio de Flávia Germendorff

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Por:
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Fonte:
Notícias Agrícolas

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