Produtividade de grãos verdes do feijão-caupi pode mudar sob diferentes regimes hídricos

Publicado em 15/09/2017 11:16

A produção e o consumo de grãos verdes representam um mercado altamente promissor para o feijão-caupi, tornando-se boa opção de renda para os agricultores familiares (ROCHA et al., 2007). Por essa razão, tornou-se uma importante fonte de emprego e renda regional. A produção degrãos verdes tem um grande potencial para a expansão do consumo, como também para processamento industrial, especialmente, quando produzido na entressafra, ocasião em que o produto alcança elevados preços no mercado (FREIRE FILHO et al., 2007).

Atualmente, pesquisas realizadas por instituições públicas, como a Embrapa, têm permitido o lançamento de cultivares de feijão-caupi, as quais apresentam, além de resistência às doenças, caracteres agronômicos altamente favoráveis à produção de grãos secos e verdes (ROCHA et al; 2007; FREIRE FILHO et al. 2009; MATOS FILHO et al. 2009; MACHADO et al. 2008; ANDRADE et al. 2010; BENVINDO et al. 2010; BARROS et al. 2011). As cultivares, normalmente, apresentam elevada resposta à irrigação e podem ser utilizadas para a produção de grãos secos ou verdes.

A cultura do feijão-caupi responde à aplicação de água de forma diferente, em termos de produtividade de grãos e de componentes de produção, a depender das cultivares utilizadas e das condições climáticas da região explorada, o que tem sido demonstrado pelos resultados de diversos trabalhos executados em ecossistemas distintos. Porém, existe uma grande carência de informações sobre os efeitos da aplicação de lâminas de irrigação sobre a produtividade de grãos verdes e componentes de produção de grãos verdes do feijão-caupi.

De acordo com BRITO et al. (2012), de a agricultura irrigada consumir atualmente a maior parte da água doce disponível dos países em desenvolvimento, estimada entre 60 e 80% (CHRISTOFIDIS, 2008), encontrar meios de produzir mais alimentos com menos água é um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade.

BLANCO et al. (2011) avaliaram diferentes lâminas de irrigação para a produção de grãos verdes de feijão-caupi consorciado com o milho, em Teresina - PI. Estes autores observaram que o feijão-caupi respondeu linearmente à irrigação e que sua máxima produtividade foi obtida com lâmina de irrigação de 640 mm. SANTANA et al. (2008) afirmaram que a irrigação constitui a alternativa viável, dentre os tratos culturais, na melhoria da produtividade, e que sua finalidade básica é proporcionar água à cultura para atender à sua exigência hídrica.

NASCIMENTO et al. (2004), estudando o efeito da variação de níveis de água disponível no solo (40%; 60%; 80% e 100%), sobre o crescimento e a produtividade de vagens e grãos verdes do feijão-caupi cultivar IPA 206, em Areia, Paraíba, verificaram que os diferentes níveis de água disponível no solo influenciaram significativamente no crescimento das plantas e na produtividade de grãos verdes do feijão-caupi.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade de grãos verdes, os componentes de produção e a eficiência do uso de água do feijão-caupi, cultivares BRS Guariba e BRS Paraguaçu, sob diferentes regimes hídricos. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em área experimental na Embrapa Meio-Norte, em Teresina, Piauí (5°05'S, 42°29'W e 72 m de altitude), no período de setembro a novembro de 2009. O clima do município, de acordo com a classificação climática de Thornthwaite e Mather, é C1sA'a', caracterizado como subúmido seco, megatérmico, com excedente hídrico moderado no verão.

Os valores médios mensais de temperatura média do ar, umidade relativa média do ar, velocidade de vento e radiação solar durante a execução do experimento foram 29,3ºC, 64,9%, 0,94 m/s-1 e 21,4 MJm-2 , respectivamente. Avaliaram-se as cultivares de feijão-caupi BRS Guariba e BRS Paraguaçu. A semeadura foi realizada no dia 10 de setembro de 2009, sendo realizada com plantadeira manual, no espaçamento de 0,7 m x 0,2 m. Aos 15 dias após a semeadura, foi realizado o desbaste, deixando-se cinco plantas por metro. 

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Fonte:
Embrapa

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