Embrapa abre oferta pública de sementes das novas cultivares de feijão-de-metro
Está aberto o edital para aquisição de sementes genéticas das novas variedades de feijão-de-metro, BRS Lauré (vagem roxa) e BRS Raíra (vagem verde-oliva), desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Oriental. Os produtores de sementes e viveiristas interessados em participar da oferta pública devem estar inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) e enviar e-mail com a documentação exigida no edital para [email protected] até 17h do dia 8 de novembro de 2024.
Acesse aqui o edital => https://encurtador.com.br/VVmJC
A BRS Lauré, com vagem de coloração roxo-avermelhada, e a BRS Raíra, com vagem verde-oliva, são recomendadas para plantio no estado do Pará e possuem potencial para outras em regiões com clima quente. Ambas apresentam arquitetura de planta ajustada ao cultivo em tutores (espaldeiras), boa qualidade de vagens, elevada produtividade e cores diferenciadas. No edital são ofertados ao todo 42 lotes de sementes genéticas das cultivares para propagação, comercialização e/ou beneficiamento do material. O valor unitário de cada lote de 500 gramas de semente é R$ 250,00.
Os produtores de sementes ou viveiristas que adquirirem os lotes passam a ser licenciados pela Embrapa para multiplicar e comercializar o material, não havendo ônus para o licenciado a título de royalties após a assinatura do contrato com a instituição de pesquisa.
Novidades no mercado
O feijão-de-metro é um tipo de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp. ssp. unguiculata Verdc. Cv-gr. Sesquipedalis] cujas vagens são consumidas cruas ou cozidas na forma de saladas. Com vagens longas e roxo-avermelhadas, a BRS Lauré é a primeira cultivar com essas características desenvolvida pela pesquisa para o mercado do Norte do Brasil. “É um produto novo no mercado que atrai pelo apelo visual, mas que apresenta elevada produtividade e distribuição bem equilibrada de vagens ao longo do dossel da planta”, afirma o pesquisador da Embrapa Rui Alberto Gomes.
Nos testes em campo, a média de produtividade da BRS Lauré foi de 11,6 toneladas de vagem fresca por hectare enquanto a média dos materiais utilizados atualmente no campo foi de 7,6 t/ha, a cultivar comercial; e de 8,6 t/ha, uma variedade crioula bastante cultivada na região.
Já a BRS Raíra, que possui vagens na cor verde-oliva, mais claras que as vagens tradicionais, produziu mais de 10 toneladas de vagem fresca por hectare enquanto os materiais tradicionais ficaram entre 7 (cultivar comercial) e 8,6 t/hectare (variedade crioula). “Essa cultivar tem vagens longas, no padrão do mercado consumidor, e são boas para o consumo em virtude do baixo teor de fibra”, destaca o pesquisador.
Tanto em períodos secos quanto chuvosos, o desempenho produtivo das duas cultivares se mostrou superior ao das variedades em uso atualmente. A BRS Raíra e BRS Lauré apresentaram boa tolerância ao estresse hídrico (falta de chuvas) e às elevadas temperaturas.
0 comentário
Preços de arroz e feijão caem, mas consumo segue em retração no varejo alimentar em 2025
CNA defende avanço nos padrões de qualidade para feijão e pulses
Plantio do Feijão 1ª Safra se aproxima do final no Rio Grande do Sul
Federarroz faz balanço de 2025 e projeta cenário desafiador mas otimista para 2026
Farsul divulga nota técnica sobre impactos da queda do preço do arroz na arrecadação do ICMS
Deral vê plantio recorde para 2ª safra de milho do Paraná, mantém previsão para soja