Sem alterações no mercado, suinocultor enfrenta crise no setor

Publicado em 30/03/2012 07:31
Há mais de um mês que o quilo do suíno vivo vem sofrendo quedas sucessivas em todos os estados produtores do país. Os maiores afetados são os suinocultores do sul do Brasil, que ainda contam com os altos valores de comercialização do milho. Na semana passada, as portarias publicadas no Diário Oficial da União que autorizavam a venda dos estoques públicos de milho, por meio de leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) e também por meio da venda direta, denominada Venda Balcão, animaram os produtores do Rio Grande do Sul.

Mas as superintendências regionais do Ministério da Agricultura, conforme denunciou a ABCS, não estão cumprindo a portaria editada pelo próprio ministério, uma vez que para ter acesso ao benefício, os produtores deveriam estar inscritos no Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) e residir em localidades onde tenha sido declarado estado de calamidade.

Em reunião com o secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Caio Rocha, e com o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Marcelo de Araújo Melo, a ABCS solicitou soluções para o problema da falta de acesso dos produtores ao milho ofertado. Junto a Conab, a entidade pede que a portaria 143 traga a inclusão do estado de São Paulo para seja beneficiado com a oferta de milho e que na portaria 144, seja designado aumento da quantidade do milho ofertado de 6 toneladas para 27 toneladas, ao preço de R$ 21 a saca.

Aliado a esse panorama negativo aos custos de produção do suíno, o setor também enfrenta dificuldades na venda da carne suína. Entre elas está o entreve junto ao governo Argentino. No dia 19 de março, o país firmou negociação para permitir a importação de carne suína até atingir uma cota de 3 mil toneladas mensais, mas o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, advertiu os importadores que só serão permitidas as compras de carne suína que sirvam de insumos para a produção de embutidos de baixo custo. Atualmente, 75% de toda a carne suína importada pelos argentinos é brasileira e no Brasil, de toda a carne suína exportada, 9% vai para a Argentina.

No mercado de São Paulo, o quilo do suíno vivo tem apresentado queda nas últimas semanas. Segundo informou a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o suinocultor paulista está vendendo o suíno a R$ 42,00 a arroba, de preço médio (equivalente a R$ 2,24 quilo vivo). No estado, o produtores tem comprado a saca do milho ente R$ 27,50 e R$ 28,50.

O mesmo cenário acontece em Minas Gerais, com o quilo do suíno vivo sendo vendido a R$ 2,20, segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG). No Paraná os preços também apresentaram queda. Em algumas regiões, o preço do quilo do suíno está sendo vendido a R$ 1,90, mas em regiões como Toledo e Cascavel, o valor está um pouco mais alto, a R$ 2,10 o quilo, conforme informou a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).

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Fonte:
ABCS

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