Nova fábrica em Itapetininga aumentará em 22,5% a produção de leite no Estado de São Paulo
De acordo com o IBGE, São Paulo produziu, em 2010, 1,605 bilhão de litros de leite. A nova planta começa fabricando 500 mil litros por dia, mas, em plena produção, esse número pode chegar a um milhão – aumentando a produção do Estado em 22,5% (cerca de 360 milhões a mais). A operação deve gerar cerca de 250 empregos diretos e outros 1.260 indiretos.
“A constituição brasileira coloca de maneira muito clara que devemos apoiar e estimular o associativismo e o cooperativismo. Elas estão entre as maneiras mais justas de desenvolvimento, irrigando a economia e distribuindo renda. Itapetininga recebe hoje duas das maiores cooperativas do País, sinônimos de excelência no trabalho”, disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Cerca de 60% do investimento será feito pela Castrolanda e 40% pela Batavo, ambas cooperativas agroindustriais. O governador também ressaltou que o terreno da fábrica, que tem cerca de 630 mil m², está localizado em uma região estratégica, com fácil acesso para o Paraná e o interior do Estado pelas rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares.
“Atendemos as duas coorporativas desde outubro, ajudando as empresas a obter as licenças ambientais. Agora, estamos assessorando na parte tributária e na infraestrutura necessária, como acesso rodoviário e energia”, explicou o presidente da Investe São Paulo, Luciano Almeida.
Durante o evento de lançamento da pedra fundamental, a agência assinou um memorando de entendimentos com as empresas, em que elas se comprometem a realizar o investimento e a Investe SP dará todo o suporte necessário para que a fábrica possa começar a produzir no início de 2014.
“É uma fábrica de alta tecnologia no setor de leite, desenvolvendo essa cadeia produtiva não só em Itapetininga como também nos municípios vizinhos”, disse o prefeito da cidade, Luis de Fiori.
“Sabemos que São Paulo tem o maior mercado consumidor do País. Por isso, tomamos a decisão de estar perto desse público e investir aqui”, explicou o diretor-presidente da Castrolanda, Franz Borg. O diretor-presidente da Batavo, Renato Greidanus, também demonstrou entusiasmo nos planos de ampliação das cooperativas fora do Paraná: “São Paulo recebe muito bem as pessoas que querem investir e empreender no Estado”, explicou.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia em exercício, Luiz Carlos Quadrelli, a nova planta aquecerá ainda mais a economia do Estado e da região. “Ela contribuirá para a geração de emprego e renda, além de estimular o crescimento do agronegócio e da atividade industrial, que estão entre as vocações do município”, completa.
As operações da nova fábrica serão realizadas em três fases. Depois de ampliar a produção de leite longa vida, serão feitos também leites especiais. Na terceira fase, sucos e néctares; e, em um estágio mais avançado, iogurtes. A produção é destinada tanto para o consumidor direto quanto para industriais, estimulando toda a cadeia produtiva de leite na região.