Suíno Vivo: Preços não reagem na semana com demanda fraca; Exportações seguem em níveis positivos

Publicado em 14/10/2016 18:15

Nesta sexta-feira (14), o mercado de suíno vivo encerra mais uma semana de preços estáveis nas principais praças de comercialização. Mesmo em um período que normalmente a demanda é mais aquecida, não houve reação em outubro.

Para o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a movimentação no mercado esteve abaixo das expectativas nesta quinzena. “Os negócios de modo geral tiveram pouca movimentação nos últimos dias, mesmo sendo este o período em que o consumidor está mais capitalizado, de acordo com relato dos frigoríficos. A perspectiva é de que os preços fiquem acomodados no curto prazo”, afirma.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) , Valdecir Folador, mesmo com as perspectivas positivas para o período do ano, o mercado não tem apresentado reação. A demanda tem sido um dos principais fatores de pressão no mercado.

O analista de mercado, Fabiano Coser, explica que a demanda ainda tem ditado os preços, apesar do avanço nos dados de exportações – o que diminui os impactos do enfraquecimento no cenário doméstico. “A fragilidade da economia brasileira não tem permitido reação nas cotações do animal vivo, nem mesmo com a proximidade das festas de final de ano”, explica.

Por outro lado, também há informações de excedente na oferta de animais em algumas regiões, que tem impedido a reação de preços. Segundo Folador, a produção pode fechar o ano de 6% a 7% superior aos 12 meses anteriores.

O presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), do Losivânio de Lorenzi, também aponta para o crescimento por parte de algumas agroindústrias. “Precisamos reduzir drasticamente a nossa produção ou muitos produtores sairão da atividade”, lamenta.

Preços

Com a pouca movimentação, nenhuma mudança de preço foi registrada na semana. A bolsa de suínos paulista ficou definida entre R$ 77 e R$ 79, valor equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg —  o mesmo das últimas semanas na praça de comercialização. Já em Minas Gerais, as cotações voltaram a encerrar em R$ 4,20/kg, valor cotado há sete semanas.

No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média estadual aos produtores independentes segue em R$ 3,92/kg. Aos suinocultores integrados, o cenário também é de estabilidade, em R$ 2,96/kg.

Já em Santa Catarina, a definição ficou em R$ 3,90/kg, em que na semana os negócios ocorreram abaixo deste valor, indicando uma baixa para a próxima referência.

“Isso é muito preocupante porque mostra a instabilidade da suinocultura. O suinocultor já esgotou seus recursos para se manter na atividade. Os bancos não liberam mais linhas de créditos para que os produtores tenham uma sobrevida no campo. Há um desespero muito forte. A situação só não é pior porque as exportações estão boas”.

Exportações

Por outro lado, os embarques de carne suína in natura iniciaram o mês com desempenho positivo, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em seis dias úteis, foram exportados 15,6 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas.

Sem comparado com o desempenho por dia de setembro, houve acréscimo de 4,2%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado a alta é de 49,1%. Em receita, chega em US$ 36,11 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.310,7.

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Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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