Cotação do suíno vivo supera os R$ 100/@ em São Paulo

Publicado em 14/02/2017 08:15
Associação Paulista dos Criadores de Suínos completa 50 anos em momento de preços recordes

O preço do suíno vivo no mercado independente de São Paulo chegou nesta semana a ultrapassar os R$ 100/@. Durante evento de comemoração aos 50 anos da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) o presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, ressaltou que no período de 30 dias houve recuperação de R$ 30 na comercialização da arroba, "uma alta jamais vista em tão curto espaço de tempo", diz.

Para entrega na segunda (14) foram comercializados 600 suínos, na cidade de Holambra, a R$ 102/@, equivalente a R$ 5,44/kg na condição bolsa.

As altas ocorrem em um período no qual os suinocultores esperavam preços arrefecidos pelo consumo interno ainda em recuperação da recessão econômica. Mas, não tem sido a demanda o grande ditador do mercado neste período.

Conforme explica Ferreira, "faltam suínos vivo no mercado em todas as regiões produtoras", fator que explica as valorizações atípicas no primeiro trimestre do ano.

Além da baixa disponibilidade de animais que obriga as agroindústrias a buscarem matéria-prima no mercado independente, outro viés altista é o bom ritmo das exportações brasileiras de carne suína 'in natura' neste início de ano.

Para os pesquisadores do Cepea o desempenho das exportações é o grande responsável por esse cenário atípico de alta.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o país embarcou 22,3 mil toneladas de carne suína in natura na primeira semana de fevereiro (três dias úteis). O volume médio destinado ao exterior é 20,9% maior neste mês do que em 2016. No acumulado do ano, os embarques totalizam 76,8 mil toneladas.

A expectativa do setor é de que as altas se estendam durante todo o primeiro trimestre, a fim de garantir recuperação nas margens dos suinocultores que enfrentaram séria crise do milho em 2016.

Custos

O índice que mede o custo de produção dos suínos (ICPSuíno) realizado pela Embrapa, teve queda de 1,58% em dezembro do ano passado, para 219,68 pontos, afetado principalmente por uma queda de 1,61% no custo de nutrição.

Mas, no acumulado do ano houve alta de 8,47% no custo, quando a nutrição subiram 8,36%, influenciada principalmente pelo preço do milho.

Se as previsões para as safras de milho e soja do Brasil neste ano se confirmar, a tendência é de que os custos de produção de aves e suínos caiam em 2017.

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Por:
Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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