Preços do suíno no mercado independente disparam nas principais praças produtoras; em MG chega a R$ 7/kg

Publicado em 16/07/2020 15:32
Lideranças relatam busca intensa dos frigoríficos por animais para abate e que as exportações avançando estão mantendo os preços sustentados no mercado interno

LOGO nalogo

As negociações de suínos no mercado independente, que já vinham aquecidas na semana anterior, nesta semana atingiram preços altos, com destaque para Minas Gerais, que chegou a R$ 7/kg, recorde nominal. A razão para estes resultados, segundo lideranças das principais praças produtoras, é a melhora no poder aquisitivo da população, com auxílios do Governo Federal, o retorno paulatino do comércio em algumas regiões do país e, principalmente, as exportações de carne suína batendo recordes. 

Nesta quinta-feira (16), a Bolsa de Suínos de Minas Gerais viu o preço subir R$ 0,90 centavos esta semana, atingindo R$ 7, recorde nominal, segundo o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles. Ele afirma que a procura hoje é exageradamente superior à oferta, dando respaldo para que o mercado precifique nos atuais patamares.

"Em 2018 dizíamos que a suinocultura iria passar por um momento de “Cisne Negro” devido aos problemas na produção de suínos na Ásia.
 Eventos Cisne Negro são situações raras e que causam grande impacto.
 Agora, com a Covid-19, o 'corona voucher' e outros desdobramentos, a suinocultura está vivendo dois cisnes negros simultaneamente".

São Paulo, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, também teve avanço. De acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, a alta foi de 9,09% em comparação à semana anterior, chegando a R$ 6,40/kg vivo. 

Nesta quinta (16), a bolsa em Santa Catarina elevou o preço de R$ 5,15/kg para R$ 6,08/kg vivo, conforme explica o presidente da Associação de Criadores de Suínos de Santa Catarina, Losivânio de Lorenzi. Ele explica que a procura de animais para abate foi grande, e há pouco mais de um mês, quando os preços estavam baixos, muitos produtores venderam suínos leves, empurraram tudo o que havai de animais gordos, e continuaram vendendo os leves. 

"Agora quando começa a procura, há uma retração maior na comercialização, e o mercado interno está aquecendo bastante. As exportações a cada semana atingindo recorde ajuda puxando os preços. Essas altas mostram um mercado promissor, mas dependemos das exportações para poder sustentar esses preços".

Nesta semana, o preço do quilo do suíno vivo no Rio Grande do Sul passou de R$ 4,64
 para R$ 5,31/kg, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador. 

"Subiu o preço essa semana e vai subir ainda mais, com expectativa de chegar aos R$ 6/kg com o andar do mercado como está. Negócios bons, a procura esá enorme e oferta normal. A exportação é que está dando sustentação ao mercado de suínos".  

Os preços aumentando ans demais praças começaram a ser refletidos no Mato Grosso, com aumento de R$ 3,80/kg praticados na semana passada para R$ 4,30/kg nesta semana. 

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar CAnossa, explica que isso se deve "à volta do poder de compra do brasileiro, que consome 80% da carne suína produzida, e pelas exportações, que surpreenderam positivamente". 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário