Frango vivo: em 2020, desempenho próximo ao da curva de preços dos últimos 25 anos

Publicado em 22/07/2020 08:42

Pode não parecer, mas no decorrer de 2020 o frango vivo vem apresentando desempenho, senão similar, absolutamente coerente com sua curva sazonal de preços. Apesar das grandes variações enfrentadas nestes sete primeiros meses do ano.

É verdade que, comparativamente à curva sazonal (média dos últimos 25 anos, de 1995 a 2019), em cinco desses sete meses os preços registrados foram inferiores – fato atribuível ao confuso comportamento do mercado após o surgimento da Covid-19.

Notar, porém, que antes mesmo do registro dos primeiros casos da pandemia no País (janeiro e fevereiro) os preços alcançados (base do gráfico: média do ano anterior igualada em 100) ficaram aquém dos apontados pela curva sazonal. E quando a pandemia começou a afetar o mercado (março) a diferença abaixo da curva sazonal não chegou a 1 (um) ponto percentual.

O momento de queda mais aguda ocorreu, efetivamente, no mês de abril, ocasião em que a diferença entre o preço registrado e a curva sazonal atingiu 6,8 pontos percentuais. Notar, de toda forma, que nesse mês, normalmente, o preço alcançado pelo frango vivo retrocede a níveis inferiores à média do ano anterior, fato que se repete em maio,

Maio, por sua vez, é o mês em que ocorrem, historicamente, os menores preços do ano. Em 2020, porém, o valor registrado apresentou valorização em relação a abril, ficando apenas 2,8 pontos percentuais abaixo da média dos últimos 25 anos.

Com a recuperação iniciada em junho e intensificada agora em julho, o frango vivo volta a alcançar valores médios superiores não só aos do ano anterior, mas também aos da curva sazonal.

Ontem (21), início do terceiro decêndio do mês (ou seja, momento improvável para qualquer elevação de preço), após novo reajuste que elevou sua cotação para R$3,90/kg, o frango vivo alcançou valor médio mensal que, além de estar quase 6 pontos percentuais acima do registrado pela curva sazonal, representa valorização nominal próxima de 12% sobre o preço médio de maio de 2019.

No entanto, a despeito dessa recuperação, o produto ainda permanece, no ano, com um valor inferior ao da curva sazonal. Por esta, deveria completar os sete primeiros meses do exercício com um preço médio cerca de 1,22% superior à média do ano anterior. Por ora, a média registrada se encontra a 99,76% da média de 2019, ou seja, quase 1,5 ponto percentual abaixo da curva sazonal. Uma defasagem que, com certeza, será superada no decorrer de agosto próximo.

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Fonte:
AviSite

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