Preços do suíno no mercado independente continuam a subir, mesmo no final do mês, apoiados pelas exportações

Publicado em 23/07/2020 16:03 e atualizado em 23/07/2020 18:47
Embarques em ritmo aquecido, puxados pela China, estão motivando os frigoríficos a buscarem mais lotes para abate no mercado independente

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O mercado independente de suínos continua tendo aumento nos preços, ainda que o mês de julho já esteja se encaminhando para o final. As lideranças do setor nas várias praças produtoras no Brasil concordam que o que vem sustentando a procura maior por parte dos frigoríficos são as exportações da proteína, que a cada semana estão aumentando. 

Nesta quinta-feira (23), São Paulo negociou os animais com os frigoríficos pela Bolsa de Suínos, e de acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, o valor passou de R$ 6,40/kg para R$ 6,56/kg.

"É a lei da oferta e demanda. Nesse momento, há uma redução na oferta de animais vivos e uma procura demasiada de suíno vivo principalmente para abastecer as exportações. Em função disso, o mercado vêm reajustando os preços", disse. 

Santa Catarina, que também negocia os animais de forma independente às quintas-feiras, também viu o preço subir de R$ 6,08/kg para R$ 6,18/kg. Losivânio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), concorda que as exportações estão afzendo toda a diferença neste momento da suinocultura, aliado à melhora do consumo doméstico. 

"Os animais estão leves, os suinocultores controlando a oferta, e embora haja uma procura maior, os suinocultores estão vendendo os animais com peso mais leve, escoando a produção. Teremos um ano promissor, salvo se ocorrer algo com as exportações, embora a margem de lucro não esteja tão grande, porque os custos demprodução estão altos", explicou. 

Em Minas Gerais, nesta quinta-feira (23) a negociação na Bolsa de Suínos ficou com preço estável em R$ 7. Para o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, a manutenção do preço não significa que a alta tenha chegado a um limite, "isso só ficará claro na negociação do dia 6 de agosto".

"Mercado no Estado flui dentro da normalidade e acompanha a movimentação positiva no restante do país.

 Na plataforma de dados, a idade dos animais está no nível de dezembro e janeiro.

 Estoques das granjas no nível de dezembro e oferta controlada que colabora com o mercado firme".

O preço do quilo do suíno no mercado independente gaúcho nesta semana passou de R$ 5,31/kg para R$ 5,88/kg nesta semana. O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) afirma que a alta está dentro do previsto.

"A expectativa é que na próxima semana o preço chegue aos R$ 6/kg, com os suinocultores vendendo bem, sem represar os animaos, o que ajuda a manter o mercado dentro da normalidade e preços sustentados", afirmou.

A alta de preços em São Paulo e Minas Gerais ocorridas na semana passada se refletiram nesta semana no Estado do Mato Grosso, conforme conta o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa. 

"As exportações como estão dão suporte aos preços, e além disso, temos informação do pessoal dos frigoríficos de que a venda no mercado interno também está mais firme. Não há estoques de animais no campo, e os que estão sendo vendidos estão mais leves do que o normal", explicou.

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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